Cláudia Correia - Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta - Eleva Saúde

Consulta de Psicologia Clínica e Psicoterapia para crianças, jovens e adultos. Braga, Guimarães

29/06/2024

Mais um ano letivo que passou, as famílias voltam a ter de pensar onde vão deixar os filhos durante o período de férias.

Quando for fazer essa escolha e quando for planear as atividades em família, não se esqueça que a criança tem de brincar. E quando falamos em brincar, falamos numa atividade livre, sem grande planeamento, com pouca estrutura e pouca orientação do adulto. Para que haja um verdadeiro brincar a criança tem de ter liberdade, tem de ser criativa, tem de ter oportunidade de experimentar e arriscar. O contacto com a natureza é essencial. É ao ar livre, num espaço aberto, que vão ter liberdade para correr, saltar, desenvolver competências como a consciência corporal e a perceção espacial, essenciais para que faça boas aprendizagens escolares.

Neste sentido, partilho parte de uma entrevista à terapeuta ocupacional Angela J. Hanscom ao jornal Observador, que merece ser lida por todos os cuidadores de crianças:
“Acontece todos os dias em qualquer parque infantil: as crianças correm para os pequenos carrosséis de ferro e giram, giram, giram, sem parar. Cá fora, os adultos contorcem-se com o estômago às voltas e começam os avisos. “Para de girar, vais f**ar maldisposta, vais acabar a vomitar.” Só que não: as crianças nunca vomitam, nem nunca f**am agoniadas. (…)
O que a maioria dos pais não sabe é que girar é fundamental para os miúdos crescerem saudáveis. (…)
Para organizar os sentidos, as crianças precisam de mexer o corpo de formas tão variadas que farão engasgar qualquer adulto — f**ar de cabeça para baixo, andar à roda, dar cambalhotas, etc. E têm de fazê-lo com frequência para desenvolver a consciência corporal, para melhorar o foco e a atenção e para serem capazes de regular as suas emoções de forma conveniente. Também precisam de um certo tipo de “trabalho pesado” que só se consegue na natureza — cavar, subir às árvores e carregar pedras pesadas. Isto ajuda as crianças a desenvolverem os sentidos nas articulações e nos músculos, o que vai fazer com que sejam capazes de regular a força que têm em diversas situações, seja ao usar um lápis para escrever ou, por exemplo, quando estão a brincar com outras crianças.
(…) A brincadeira ao ar livre (…) desafia as crianças de uma forma que um exercício concebido por um adulto bem-intencionado nunca conseguirá desafiar.”

Vêm aí dias mais livres, faça boas escolhas para os mais pequenos. 🤸‍♀️

Artigo completo no site do Observador, artigo com o nome "As crianças precisam de f**ar de cabeça para baixo e andar à roda para terem equilíbrio"

29/06/2024

Há uns dias lancei a questão a quem segue a página no Instagram, sobre o que será que leva tantos de nós a termos a necessidade de agradar o outro. Agradeço a quem respondeu, ajudaram a reforçar o que habitualmente oiço nas consultas, que essa necessidade surge para evitar consequências negativas como conflitos e o ser mal-interpretado ou rejeitado/excluído. Algumas respostas, poucas, já foram mais orientadas para o interior, sendo quase todas focadas no "por falta de autoestima ou autoconfiança".

Começo por dizer que quase todos nós temos essa necessidade. Porém a forma como se manifesta em cada pessoa pode ser bastante diferente. E porque será?

Se ouvirmos a história dessa necessidade vamos perceber que em diferentes pessoas surgiu em fases de vida diferentes, associada a sentimentos diferentes e com consequências também diferentes. Isso marca a forma como a necessidade de agradar, que tantas vezes faz calar opiniões, se vai manifestando ao longo da nossa vida.
Se crescemos num contexto onde a criatividade, a opinião construtiva e curiosa é apreciada, talvez esta necessidade de agradar seja sentida pela pessoa como algo saudável. Se por outro lado crescemos num contexto autoritário, onde apenas um ponto de vista era ouvido caso contrário seriamos gozados e agredidos, talvez a necessidade de agradar e não dar opinião seja demasiado presente e negativa na nossa vida. Na infância, onde temos poucas ferramentas de defesa, estar em silêncio ou de acordo seria o mais sensato e protetor, mas talvez na fase adulta essa defesa já não seja necessária, apesar de continuarmos a sentir que temos de a utilizar. Sendo muitas vezes difícil quebrar padrões.
Algumas razões para termos a necessidade de agradar mais intensa do que gostaríamos:
- ter sentido apreciação e elogios essencialmente quando fazíamos o que os nossos adultos gostavam;
- sentir que o ambiente em casa f**a mais leve quando fazemos o que é previsível e visto como positivo;
- sofrer muito quando há confronto ou conflito – sentir medo, arrependimento, culpa, autocrítica por ter falado;
- ter sido agredido (física e/ou emocionalmente), rejeitado ou abandonado aquando da manifestação de uma posição diferente;
- construir muito do valor pessoal na apreciação que o outro faz de nós;
- sentir necessidade de ser visto como o pacifista/maduro/responsável.

Se estes acontecimentos foram sistemáticos e ocorreram na nossa infância, mais intensa é a necessidade de agradar. O mesmo acontece com outras das nossas necessidades e características.

Muitas vezes é difícil entendermos porque temos determinadas reações e essa falta de compreensão leva-nos a zangar connosco, a ter vergonha, a criticar muito do nosso funcionamento. Sabermos mais sobre a nossa história, a história de cada uma das nossas características/necessidades/partes ajuda-nos a olhar para elas, e consequentemente para nós, com maior serenidade, compaixão e empatia. E isso sim, ajuda a autoestima e autoconfiança que tanto se procura.

Procure conhecer-se melhor, vai ver que vai gostar mais de si.

16/05/2024

Ainda sobre a última publicação, e apesar de gostar muito de saber sobre desenvolvimento infantil e o impacto das práticas parentais nas crianças, é no porquê do adulto fazer o que faz que reside o meu maior interesse profissional.
Quando um pai ou mãe me pergunta por exemplo, o que deverá fazer para que o filho deixe de ser tão agressivo, a minha resposta traz sempre outra pergunta, como por exemplo "como é para si ver o seu filho a ser agressivo?".

Sabemos hoje que as reações das crianças (comportamentais, verbais, emocionais e até de desenvolvimento) ativam algo no adulto que vai desencadear a sua resposta. É facto que se a criança não fizer algo, nós adultos não vamos reagir, mas quando a criança mostra algo o adulto sente, interpreta e reage em função da forma como ele próprio recebeu o que a criança demonstrou. Ou seja, entre a criança fazer e nós reagirmos, há uma variável que condiciona tudo, que é a forma como sentimos/interpretamos o que é feito pela criança. E é nesse ponto intermédio que a terapia com o adulto (pai/mãe) se vai focar.

Voltando à necessidade de os pais promoverem a autonomia das crianças (texto da publicação anterior), e de como por vezes isso é tão difícil, deixo algumas questões:
Porque será que é difícil para si incentivar a sua criança a fazer determinada tarefa sozinha? O que sente quando a reação da criança é de recusa, zanga, choro? O que pretende (para si) quando faz por ela em vez de promover que o faça sozinha?

As respostas podem ser muitas, deixo algumas ideias:
- É mais prático e rápido
- Cansaço
- Evitar o conflito que poderá surgir
- Evitar a crítica do outro elemento adulto, a nós ou à própria criança
- Evitar sentir culpa
- Evitar sentir ansiedade, que pode vir se sentir que a situação causa desamparo ou é arriscada
- Cumprir o que considera ser o seu papel parental.

Esta reflexão poderá ser feita para qualquer reação em relação aos nossos filhos, e até deles para nós. Quando com curiosidade nos questionamos sobre "porque estou a sentir isto?" ou "porque estou a reagir assim?", ganhamos distância da situação, percebemos mais sobre a dinâmica que temos. Consequente, temos mais probabilidade de mudar.

Photos from Cláudia Correia - Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta - Eleva Saúde's post 07/05/2024

Rita Araújo - atendimento de adolescentes e adultos

Desde sempre que a escuta e o “olhar” o outro fizeram parte de mim. Na Psicologia encontrei base de iniciação daquele que seria o meu caminho profissional percorrido até hoje.

Sou licenciada em Psicologia desde 2007 e Mestre em Psicologia Clínica e da Saúde desde 2011. Desde então, que o meu percurso profissional se estrutura em diferentes contextos como escolas e empresas, o que me permite um melhor e maior enriquecimento da prática profissional e um conhecimento mais aprofundado do Ser Humano. A acompanhar este percurso profissional, a pratica clínica em contexto privado foi estando sempre presente, sendo desde 2009 a área de atuação da Psicologia com a qual me identifico mais e na qual considero que mais cresço enquanto profissional e pessoa.

Nestes 15 anos fui-me mantendo sempre atualizada com o estudo de mais abordagens terapêuticas, através da realização de várias ações de formação/cursos/workshops e do contacto com outros profissionais da área da psicologia que admiro e considero que me poderão enriquece enquanto profissional. Para além disso, faço supervisão clínica regular.

A minha missão é assim, transpor esta visão mais abrangente do Ser Humano, que tenho tentado desenvolver enquanto profissional, para o processo terapêutico. Acompanhando a pessoa na exploração das suas emoções, pensamentos e comportamentos a fim de promover um maior autoconhecimento e crescimento.

Para saber mais sobre o meu percurso profissional, pode consultar o site da Eleva Saúde.

Rita Araújo

Photos from Cláudia Correia - Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta - Eleva Saúde's post 21/02/2024

- A ansiedade muda a nossa perceção do mundo –

“Isso é ansiedade, não te preocupes, não te vai acontecer nada.”

Quem diz muitas vezes tem boa intenção, mas quem ouve não sofre menos por isso.

Diria que a maioria das pessoas que sofre de ansiedade sabe que o que sente é exagerado, que não existe um risco real, mas isso não faz com que fiquem mais tranquilas, não faz com que o medo intenso e vontade de fuga desapareçam.

A ansiedade adaptativa é protetora, pois tem a função de nos preparar para uma situação perigosa ou ameaçadora. Esta é a que todos sentimos e é vital para a nossa sobrevivência. Mas depois existe a outra, muito mais intensa, que faz sofrer, que limita, que envergonha e que muitas vezes nos isola do mundo sentido como ameaçador. É para as pessoas que sofrem desta ansiedade que quero que olhem com mais cuidado, pois ainda ouço vezes demais dizer que “é só ansiedade”, como se isso quisesse dizer que não tem valor e que não é importante. Não é verdade!

Uma pessoa com perturbação de ansiedade vê o mundo de forma diferente, sente um medo avassalador e enfrenta-o durante muito tempo, mas com grande sofrimento. Muitas vezes, o tempo agrava a ansiedade e as pessoas vão perdendo a força para a enfrentar, vão mudando rotinas, vão adaptando-se para não sofrerem, para não ser tão assustador. Isolam-se dentro de si ou mesmo dos outros e do mundo. Nem todas as pessoas sentem o mesmo, mas todas descrevem o que sentem de forma intensa e sofrida. Sentem no corpo a intensidade dos pensamentos catastrofizadores, muitas vezes ruminantes e intrusivos, dos quais querem fugir, mas não conseguem. Procurar ajudar de um profissional de saúde mental, é essencial.

Para questões ou marcação de consulta: https://www.elevasaude.pt/contact/

Photos from Cláudia Correia - Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta - Eleva Saúde's post 18/01/2024

Os receios da primeira consulta por vezes dificultam o inicio do processo terapêutico. Saber que não é assim tão complexo poderá ajudar a que procure atempadamente ajuda.

Aproveito para partilhar convosco que agora também estou no Instagram, em https://www.instagram.com/clinicaelevasaude/
Passem por lá!

03/01/2024
23/12/2023

Eu adoro o natal e sei perfeitamente porque tenho tantos sentimentos e sensações boas mal começam as luzes espalhadas pelas cidades, as músicas que apelam à família e ao conforto de uma casa cheia de vida. No entanto também sei que para muita gente esta é uma época de stress, de confronto com as ausências e de convívios não desejados. Estando nesta situação o Natal pode não ser feliz, pode mesmo ser muito doloroso. Assim o que desejo é que possam viver estes dias de uma forma tranquila e confortável.

Votos de um natal sereno para todos!

19/12/2023

Sexto dia de treino de um modelo que tanto gosto e que tanto orienta o meu trabalho terapêutico. Nos treinos as aprendizagens contêm a teoria como nas clássicas formações, mas a maioria das aprendizagens surgem no experienciar o modelo, sentindo como funciona e encaixa em nós e pela experiência direta de sentar na cadeira do paciente e do terapeuta todos os dias.

Pronta para mais um dia, acompanhada por um grupo corajoso e acolhedor de gente de muitos pontos diferentes do mundo.

Boa semana!!

12/12/2023

Nestes últimos dias tive uma primeira consulta com um paciente homem que trouxe como objetivo para o processo: preparar-se para a paternidade, pois quer ser um bom pai. Se bem me lembro, este pedido específico que justif**a a procura da terapia é apenas a segunda vez que tenho nas minhas consultas.
Os pais (homens) são essenciais para o desenvolvimento saudável do bebé e podem viver de uma forma bem mais feliz se sentirem que desempenham esse papel como gostariam. A conexão com os filhos é muito transformadora, se vivida de forma consciente pode ser mais fácil, saudável e feliz.

Imagem de um livro bonito chamado "O meu Pai é meu."

23/11/2023

Acabei de ouvir um médico psiquiatra a falar sobre um estudo longitudinal que permitiu perceber a correlação entre:
1) a capacidade da pessoa se regular emocionalmente e
2) o ter crescido num contexto familiar com rotinas simples, como o fazer as refeições em conjunto sentados à mesa.

Apesar de ser um assunto que pode ser muito explorado, sugiro que pense nele de forma simplista. Percebendo só que de facto algo simples como estar sentado em família a falar sobre o dia pode ser protetor do nosso bem-estar e saúde mental.

21/11/2023

Durante a nossa vida assumimos vários papéis e o tamanho do desafio de cada um deles está diretamente relacionado com o quão ativador ele é. Ou seja, que emoções f**am presentes, que sentimentos, que ambivalências temos de gerir quando assumimos esse papel.

Ser mãe ou pai é dos mais desafiantes exatamente porque traz consigo sentimentos e emoções tão diferentes como felicidade e tristeza, insegurança, segurança, culpa, medo, frustração e autoconfiança. A intensidade de tudo isto ditará o tamanho do desafio, mas é sempre um grande desafio.

Hoje foi possível aproveitar no exterior os últimos raios de sol. Que privilégio.

10/09/2023

Esta semana li um artigo na revista da Associação Americana de Psicologia que mostra alguns estudos que fundamentam a relação entre a saúde mental e o contacto com a natureza. De forma geral todos demonstram que estar diariamente em contacto com a natureza ajuda a proteger a saúde mental, em miúdos e graúdos.
Pensem nisto ao decidirem o que fazer hoje. Bom domingo 🌳🌿🍁

08/09/2023

Esta semana foi o dia nacional do psicólogo. Li algumas publicações que gostei e me identifiquei, mas quase todas referiam que o psicólogo é um profissional que ouve, que é empático, que cuida do sofrimento, que não julga... tudo isto é verdade e se fosse só isso já seria uma tarefa gigante, mas não é só isso. Sinto que quando se reduz o psicólogo a essa tarefa estamos a reforçar que um amigo que é bom ouvinte, que nos faz sentir bem faz o mesmo que um psicólogo. Por vezes numa primeira consulta oiço "se eu tivesse alguma pessoa para me ouvir talvez não fosse preciso vir aqui". E isso não é verdade na maioria das vezes. Termos quem nos oiça verdadeiramente é um fator protetor da nossa saúde, mas quando a saúde mental f**a mais frágil pode ser mesmo necessário apoio de um profissional.
Assim o psicólogo é um profissional "que ajuda as pessoas a não f**arem tristes" (definição da minha filha de 5 anos, mas na verdade é saudável f**ar triste) e que utiliza a comunicação para tal. Mas essa comunicação que se pretende fluida, empatica e compassiva, é uma comunicação técnica, pois é estruturada para se atingirem objetivos específicos. Cada modelo teórico (e existem vários) tem as suas técnicas e por isso as consultas são conduzidas de forma diferente. Caminhos diferentes para chegarem à mesma meta, o bem-estar da pessoa. Tudo isto dentro da psicologia clínica, pois as áreas de estudo e intervenção dentro da psicologia são muitas.

Viva os Psicólogos :)

01/09/2023

Nem só com as crianças se fazem consultas no chão. Também os adultos por vezes se sentam no chão, se agarram às almofadas, tiram o calçado... colocam-se em posições de maior conforto e aconchego.
Hoje foi dia de uma consulta no chão. Habitualmente são consultas exigentes e intensas, mas que me deixam feliz pois é sinal de que há segurança para que a vulnerabilidade aconteça.

Mobile uploads 21/07/2023

A tão bonita representação do que se pretende no trabalho terapêutico com pais.

“Cuidar dos pais para cuidar dos filhos” 21/07/2023

Nas consultas surgem cada vez mais pais preocupados com os filhos, mas que não os trazem para resolver o problema. É o adulto que procura a ajuda, entendendo que a forma como lida com a criança tem um impacto direto no seu bem-estar e desenvolvimento.
Gosto muito de trabalhar com pais o seu papel parental, ajudando-os a entender melhor a relação entre todos os seus papéis/partes e o pai ou mãe que são.

Partilho parte de um artigo sobre este assunto.
" É importante saber que, enquanto mamíferos, sintonizamos o nosso sistema nervoso com o da nossa família de origem e isso traz-nos algumas questões. Antes de nos aprendermos a regular e acalmar sozinhos, aprendemos a regular-nos com o apoio, ajuda e sistema nervoso dos nossos cuidadores, chama-se a isto co-regulação. É o sistema nervoso e a fisiologia dos nossos cuidadores que informa o nosso sistema nervoso, desenvolvimento cerebral e até o comportamento dos nossos órgãos. Nascemos preparados para perceber através dos sinais que os nossos cuidadores nos enviam se estamos em contexto de perigo ou de segurança. E isto, irá ter um impacto enorme em nós e na nossa capacidade de nos regularmos e encontrarmos segurança e estabilidade na vida adulta, assim como em todas as nossas relações.
É esta relação primordial com os nossos cuidadores que irá influenciar tantas outras ao longo da nossa vida. E este é um dos muitos aspectos somáticos que é passado de geração em geração de forma inconsciente. Esta é uma das razões fundamentais pela qual precisamos de aprender a regular-nos, cuidar das nossas feridas, inseguranças e tantos outros aspectos para podermos passar fisiologicamente essa sensação de segurança aos nossos filhos. Isto não signif**a que os cuidadores tenham de estar sempre regulados, claro! Mas signif**a que têm esta responsabilidade de se auto-regular para poder passar segurança, tranquilidade, estabilidade e previsibilidade aos seus filhos. (...)
A maravilha de poder acompanhar pais é também trazer-lhes esta dimensão de que podem aprender sobre eles/as próprios/as através do que os filhos e filhas os fazem sentir, se estiverem disponíveis para ver nas suas crianças uma fonte infindável de ensinamentos ao longo de todo o crescimento."

Artigo completo:

“Cuidar dos pais para cuidar dos filhos” Ter consciência dos seus próprios processos emocionais, das suas inseguranças, tendências e da influência da sua história de vida enquanto filhos, pode ser fundamental para muitos pais na hora ...

30/05/2023

O meu dia de consultas hoje foi muito isto e ao cruzar-me com esta frase não podia deixar de a partilhar.

É muito bonito e poderoso quando entendemos que não somos errados ou disfuncionais, mas que somos seres com sistemas internos complexos sempre à procura de sarar dores e de prevenir o sofrimento ou desconforto.

Depressão pós-parto: o lado sombrio da maternidade 30/05/2023

A gravidez e o nascimento de um filho são muitas vezes idealizados. Pouco se fala das dificuldades ou quando se fala aligeira-se o impacto na mãe, no pai e no casal. Afinal é suposto ser [só] uma fase de vida bonita, feliz e de amor.

Partilho convosco um artigo do jornal Público sobre a depressão pós-parto, do qual retirei um pouco, mas aconselho a que seja lido na integra.
“Existem vários factores que podem contribuir para a formação de um quadro de depressão pós-parto (que não deve ser confundido com o baby blues, um estado de melancolia que afecta oito em cada dez mulheres nas duas semanas após o parto e que decorre do processo de reequilíbrio hormonal). Esses têm que ver com a existência de um historial anterior de depressão ou ansiedade, com a falta de apoio familiar durante os primeiros meses de maternidade, com a existência de dificuldades financeiras ou conjugais. Ter uma experiência traumática durante o parto e/ou f**ar com sequelas físicas podem também contribuir para a formação do quadro depressivo. Mas não só. Ter expectativas pouco realistas relativamente à maternidade pode ser também um factor decisivo.”

“A experiência da maternidade com que Julia tinha sonhado, no passado, chocava de frente com a realidade. “Eu não sentia aquela ligação com o bebé de que as pessoas falam e… sentia-me culpada por isso porque eu quis muito ter um bebé. Pensava ‘o que é que está errado comigo? Tenho tudo aquilo que desejei’. O meu marido lembrava-me constantemente: ‘isto é aquilo que nós quisemos; ele é saudável e nós desejámos tê-lo’, dizia. E eu sentia-me tão egoísta por pensar ‘pois bem, eu já não quero’.” A jovem mãe sentia que “o mundo lá fora estava a girar, que coisas estavam a acontecer, que as estações estavam a mudar” e que “continuava presa ao sofá, a não poder participar”.”

Falemos mais destes desafios e já estaremos a ajudar!

Depressão pós-parto: o lado sombrio da maternidade A fotógrafa Rachel Papo sofreu, por duas vezes, depressão pós-parto. A experiência levou-a a procurar mais mulheres na mesma situação e lançar o livro It’s Been Pouring, que reúne os seus testemunhos.

20/05/2023

Grupos de mães - saúde mental materna
A relação entre a saúde mental e o papel parental é evidente e muitos estudos demonstram isso. Um pai ou mãe deprimidos apresentarão o mundo ao bebé pelos olhos de quem tem mais dificuldade em apreciar conquistas, de quem se sente mais incapaz, inseguro e instável. Será mais difícil dar ao bebé a compreensão, a regulação, a felicidade e leveza onde ele deve crescer para ser mais saudável. A consciência desta relação entre o nosso bem-estar emocional e os pais que somos, tem levado mais pessoas a procurarem apoio psicológico para si, com o objetivo de serem melhores no papel parental. Depois de muitos pacientes (mais mulheres, mas também alguns homens) em apoio individual com o objetivo de se prepararem ou melhorarem no papel parental, decidi avançar para a terapia em grupo. Fiz o Curso Avançado em Psicologia da Gravidez e Parentalidade, para aumentar os conhecimentos mais técnicos destas áreas, e dei início aos Grupos de “Saúde Mental Materna”. Um grupo com mães grávidas e outro com mães com bebés no primeiro ano de vida.
Em termos gerais, pretendo que estes grupos sejam um espaço seguro onde se aumenta o conhecimento teórico sobre os desafios mais comuns da maternidade e se pensam estratégias para lidar com esses mesmos desafios. Em simultâneo fazemos tarefas que promovem reflexões internas que se pretendem transformadoras do papel maternal, aproveitando o fator comum a todas (fase específ**a do projeto maternal) para a reflexão e partilha. Para muitas mães estas sessões de grupo são uma resposta ef**az e mais barata, para se sentirem melhor neste papel.
Para mais informações: https://www.elevasaude.pt/grupos-terapeuticos/

19/05/2023

O consultório

A consulta de psicologia é um momento de contacto interno com o nosso funcionamento. O profissional é o elemento mais importante para este trabalho e a relação terapêutica criada entre psicólogo e paciente a base de tudo. Mas, há algo que muitas vezes é esquecido e que eu considero muito importante: o espaço onde acontece essa consulta. Não tem de ser um espaço bonito, tem de ser um espaço confortável, seguro, sereno. Onde os protetores internos que nos ajudam a viver de forma saudável e funcional, se permitem acalmar, dando espaço ao trabalho de compreensão do nosso funcionamento. Fico mesmo contente quando algumas pessoas entram e dizem que só estarem ali, naquele espaço, já lhes dá paz e possibilidade de abrandar. Faço consultas online e funcionam, mas sou pessoa (e profissional) de contacto direto e sinto que há sempre mais benefício quando estamos de facto frente a frente. Sinto que a consulta online por vezes é mais prática para as pessoas, encaixam-na ali num cantinho do seu dia corrido e não perdem tanto tempo. Mas para mim essa rapidez e distância do online fazem perder parte dos benefícios da relação.
Presença física segura, num espaço tranquilo e confortável são benefícios em terapia.

16/05/2023

Nos últimos anos poucas vezes venho a esta página e por isso as publicações são quase inexistentes. Leio artigos e vejo vídeos que me interessam, tenho algumas ideias que poderiam ser partilhadas, mas acabo sempre por não o fazer. Esta semana decidi retomar uma presença mais assídua, vamos ver se consigo cumprir.
E então o que andei a fazer nestes tempos na área profissional? Como partilhei aqui, no início do 2021 abri o meu consultório e desde então alguns aspetos mudaram. Deixei de atender crianças e de fazer avaliações. Concluí (finalmente!) o ano passado a longa e intensa especialização em psicoterapia, e com isso obtive o reconhecimento pela Ordem dos Psicólogos como Psicoterapeuta. Criei a marca Eleva Saúde para conseguir integrar outros profissionais que me permitam dar resposta às pessoas que me procuram em áreas complementares à saúde mental, para já apenas com a minha colega Angelina Senra para o atendimento psicológico às crianças e família. Estou a concluir uma formação avançada em Psicologia da Gravidez e Parentalidade que me permite adquirir conhecimentos mais específicos sobre estes períodos de vida, informações muito importantes para a última novidade, os grupos de preparação para a parentalidade e os grupos terapêuticos para mães. Falarei mais sobre estes grupos noutra publicação.
Com isto renovei o site, onde podem encontrar todas estas informações. Partilho convosco, caso seja útil.
www.elevasaude.pt

Quando a Psicologia se transforma em autodescoberta - Revista Spot 07/10/2021

A descrição do meu consultório pelos olhos dos jornalistas da Revista Spot.
Muito obrigada.

Quando a Psicologia se transforma em autodescoberta - Revista Spot Há um silêncio de descoberta intimista que separa o bulício citadino de uma rua central do centro da cidade, do...

02/04/2021

Muito feliz em partilhar com vocês o meu novo consultório em Braga. Um espaço pensado e ajustado ao trabalho terapêutico. Promotor de calma, tranquilidade e conforto.
Para marcação:
[email protected]
913 057 098

31/03/2021

No último ano a saúde mental ganhou outra atenção e com isso alguns preconceitos diminuíram. Mais pessoas procuraram apoio psicológico, muitas com preocupações e sofrimentos em nada ou muito pouco relacionadas com os tempos em que vivemos. Mais conhecimento, mais sensibilização e mais normalização em relação à saúde mental é um dos lados positivos desta pandemia. E a justif**ação para a minha ausência por cá.

Quer que o seu prática seja a primeira Clínica em Braga?
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4710-230

Horário de Funcionamento

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Terça-feira 10:00 - 20:00
Quarta-feira 10:00 - 20:00
Quinta-feira 08:00 - 21:00
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Sábado 10:00 - 14:00

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