Instituto do Cérebro

Instituto do Cérebro. Professor Doutor Nubor Orlando Facure.

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05/10/2023

Na “dimensão espiritual”
Nubor Orlando Facure

A Doutrina Espírita acrescenta a “dimensão espiritual” no entendimento da natureza humana, ressaltando a sua complexidade.

Reunimos aqui, aleatoriamente, algumas das suas lições.

O corpo físico é vestimenta transitória que dá, ao Espírito, instrumento para se manifestar no mundo em que vivemos.

Reencarnando em vidas sucessivas, temos oportunidade de renovar experiências, redimir faltas, reavaliar acertos e erros e projetarmos compromissos futuros.

Nada ocorre por acaso, Deus é criador e seus prepostos orientam nossos destinos.

Estamos todos inseridos no projeto de progresso incessante que nos elevará ao nível de Espíritos Superiores.

O “princípio inteligente” com o qual inauguramos a vida percorreu as diversas escalas evolutivas se empenhando na aquisição de reflexos, de instintos, de automatismo e de racionalidade até atingir a condição humana que desfrutamos hoje.

A evolução da mente sugestionou e dirigiu as necessidades da evolução do corpo.

A Espiritualidade Superior introduziu as mudanças necessárias para o sucesso do projeto humano realizando intervenções nos dois planos da vida.

Nossos talentos ou aptidões para o bem ou para o mal são frutos do nosso próprio mérito.

A perseverança aprimora o artista, o estudo constrói o gênio, a serenidade modela o santo, persistir no vício estaciona, prejudicar o próximo escraviza à falta cometida, fugir da lição adia a corrigenda.

Tanto a aparência que cada um de nós revela, como o ambiente que a vida nos localiza, são situações momentâneas, adequadas às nossas necessidades.

Um lavrador que se exaure na terra pode estar vivendo a lição da simplicidade e da paciência.

Um político em evidência pode estar experimentando o compromisso do poder.

Um líder religioso pode estar aprendendo a perseverança na fé.

A família que nos acompanha, com dedicação ou com dificuldades e exigências, representa créditos ou proteção, contas a pagar ou correções a aceitar em nós mesmos.

Somos expressões parciais e acanhadas das múltiplas vivências que já experimentamos em outras existências. Talentos valiosos e deficiências diversas estão, frequentemente, imersos na lei de esquecimento transitório que nos protege.

Na reencarnação, a misericórdia divina nos favorece a bênção do recomeço ignorando nosso passado de culpas.

Para a Doutrina Espírita, não cabe qualquer ideia de superioridade de raça, de gênero, de profissão ou de prestígio social. O que nos credencia é o bem que fizermos ao próximo e a transformação para melhor que acrescentarmos a nós mesmos.

Cada criança acumula a somatória das personalidades que desenvolveu no transcurso de milênios e a inocência dos primeiros anos é oportunidade de redirecionar comportamentos, transformar sentimentos e adquirir novos valores.

Pais e irmãos, profissão e casamento, fortunas e privilégios são empréstimos transitórios que exigirão prestação de contas.

“A vida nos dará o que buscarmos e nos cobrará o que recebermos.”

“A genética sinaliza, mas não realiza o que for do nosso compromisso.” Na verdade, “somos herdeiros de nós mesmos”, é nosso passado que nos representa no palco da vida. Nem genes nem sobrenomes serão passaportes para livrar-nos de sentimento de culpa, de tempo perdido ou de perdão que recusamos dar.

Nossas dificuldades refletem nossas necessidades e com o esforço de hoje é que garantimos a recompensa de amanhã.

A Ciência oficial ainda não se deu conta da “dimensão espiritual” e o quanto ela interage em nossas vidas.

Aqueles que enterramos nas últimas despedidas do túmulo permanecem vivos e compartilham conosco uma intimidade que não suspeitamos.

Nossa fisiologia sensorial não tem sensibilidade para registrar suas presenças, mas nossa atividade mental irradia no mesmo espectro de sintonia. Compartilhamos com eles o mesmo universo de ondas mentais.

Vivemos permanentemente como emissores e receptores projetando e recebendo todos os pensamentos que vibram com os mesmos objetivos que os nossos.

Parentes e amigos, inimigos e adversários, companheiros no bem e comparsas no crime se associam aos nossos propósitos.

Suas vozes ressoam em nossos pensamentos, suas sugestões induzem nossas escolhas, sua proteção nos ajuda a superar as dificuldades e sua perturbação nos retém no desespero.

Comungamos com os “mortos” mais frequentemente que com os “vivos”.

“Vivemos com uma nuvem de testemunhas”, no dizer de Paulo (Hebreus 12:12) e somos responsáveis por essa “parceria consentida” que nos sustenta para o bem ou para a ignorância.

03/10/2023

Neurologia popular
Nubor Orlando Facure

O Hipocampo é uma área primitiva que está relacionada com nossas memórias
Bem próximo a ele temos áreas do gosto e da mastigação
Alguém já disse que estudar mascando chicletes melhora o aprendizado
Mastigar ativa o hipocampo
E deve trazer satisfação de coisas gostosas que já comemos
Por isso há jantares inesquecíveis

03/10/2023

Casa do Caminho a casa de Pedro
Nubor Orlano Facure

Após a crucif**ação de Jesus, os apóstolos se reuniram num casario improvisado permanecendo até altas horas acolhendo novos seguidores que buscavam conhecer o Mestre
O atendimento transcorria sem descanso, acompanhados por seguidores e voluntários que se entusiasmavam com a nova proposta de trabalho
Era a caridade que se inaugurava com afetando antigas interpretações daquele povo

Acolhia-se, sem qualquer exigência
Era gente de regiões da Judéia, da Galileia e até da Síria
Necessidades inadiáveis e punjentes
Atormentadas pela fome, cansaço e sede; perturbações mentais angustiantes, a maca dos paralíticos, os convulsivos agitados, lamentos punjentes pela a perda de parentes muito amados
Todos pediam notícias sobre Jesus enquanto Ele andou pelo mundo
Misturavam-se relatos atuais de perseguições religiosas, medo da mão vingativa do soldado romano, dos sacerdotes do Sinédrio, aflições e dores de todas naturezas

Eram distribuídos alimentos, uma porção de trigo, vasilhas com agua, frutas escassas, limpeza dos corpos com os óleos, ajustes das sandálias desgastadas, retoques nas tendas e tarefas de amparo e assistência espiritual

A rotina incluía a oração do Pai Nosso, a leitura das escrituras e relatos de passagens inesquecíveis com o Senhor que os apóstolos testemunharam
Ficaram espantados com aqueles encontros à mesa, com eles logo depois da crucif**ação, atestando a imortalidade
Jesus permanecia vivo no coração de todos

Certo dia, a chuva havia passado e, ao final de tanto trabalho Pedro assenta para descanso Aproxima-se do apóstolo um jovem desconhecido que diz:
Vejo sua força no trabalho, seu carinho com as lembranças do Mestre, sua fé na sobrevivência de Jesus, a clareza com que descreve seus momentos com Ele, me surpreende saber, entretanto, que o negaste por 3 vezes
Como se explica porque fracassastes nesses momentos?

Pedro pegou as mãos limpas, ainda não calejadas, do jovem e perguntou:
E você, quantas vezes você o teria negado?
Veja bem:
Ele não veio destruir a Lei
Mas, fez tantas mudanças que a Lei depois Dele jamais seria a mesma
Ele e nós trabalhamos no sábado
Curou cegos de nascença mesmo com a proibição da Lei
Assentou com mulheres de má fama e permitiu que lhes tocassem as vestes
Conviveu com ladrões
Sem se comprometer com falta alguma
Disse que o menor será o maior no Reino dos Céus
Teve a ousadia de se mostrar como o Filho preferido do Pai, conforme anunciado pelo profeta Isaias
Que perdoava em Seu nome
Que Ele era o caminho
Que Isaias se referia a Ele como o enviado divino para salvar o Seu povo amado
Que devemos amar aos inimigos
Dar-lhes uma de nossas túnicas
Oferecer a outra face se nos agredirem
Que o maior mandamento era o amor a Deus e ao próximo
Que a caridade dispensa a ostentação
Que um centavo pode ser mais para Deus que toda uma fortuna
Que de nada vale a oração que se pronúncia da boca para fora
Que não se deve fazer aos outros o que não queremos que nos façam
Negou ser o Rei dos Judeus porque o seu reino não é desse mundo
Que não precisamos de Templos para nos dirigir a Deus
Que a oração proferida pelos lábios não cale a que procede do coração
Quantos de nós, meu jovem, por milênios ainda vamos negar, negar e negar mais que 3 vezes as propostas do Mestre?

29/09/2023

Mantras do Cérebro
Nubor Orlando Facure

1 - Neurônios que se excitam juntos permanecem juntos.
O mesmo estímulo repetido diversas vezes consolida informações nas sinápses.
Recapitular diversas vezes a lição favorece a memorização.
De tanto repetir as palavras e as licões a gente não as esquece mais.

2 – Usar para não perder
Cada um de nós perde milhares de neurônios por dia.
É preciso usar para não perder.
Quanto mais se usa mais forte f**a.

3 – Lei do “tudo ou nada”
Um neurônio quando estimulado pelos seus vizinhos, só se despolariza se esses estímulos atingirem a voltagem de disparo.
O neurônio não se contenta com pouco. Ou recebe tudo que suporta para despolarizar ou não haverá resposta. Atingido o limite que exige – na voltagem padrão que ele determina – a resposta vem com tudo – deu o começo, não para mais até esgotar a corrente iônica que desencadeou-se a partir do estímulo recebido

4 – Fazer o mais com o menos
O cérebro organiza a economia.
Quando jovem jogamos força fora.
O Novato abusa do que tem.
Um tenista experimentado faz suas jogadas com o mínimo de cérebro.
Ele antecipa até a resposta do adversário para economizar.
O jogador novato esgota seu cérebro e mesmo assim só faz um mínimo de pontos.

5 – Uso extra signif**a córtex extra.
O cego amplia o córtex da audição – escuta mais o que não pode ver.
O violinista que trabalha as mãos expande a área motora.
O orador a área da fala.
O taxista a da orientação espacial.
Quanto mais percepção e mais execução mais extensão acrescentamos no cérebro.
A atividade remodela neurônios.

6 - A sobrevivência primeiro
Toda experiência física produz um efeito psicológico.
Todo fenômeno psicológico tem representação cerebral.
O que o cérebro comunica ao corpo depende em grande parte do que o corpo comunica ao cérebro.
O corpo fornece pistas emocionais para o cérebro: salve primeiro a vossa pele.
Pelo cheiro isso me parece ser venenoso

7 – A Emoção somos nós em cada célula.
O sistema nervoso se estende por todo o corpo.
E todo corpo está dentro do Cérebro

8 – A memória prefere espalhar a engavetar.
Não há no cérebro um lugar único e fixo para a memória.
As informações espalham-se desmembrando, por exemplo, as características do objeto – cor, forma, movimento, onde está, para que serve – cada aspecto numa área em particular – Esse é um dos aspectos computacionais do Cérebro:
ele faz suposições- talvez eu consiga cria regras- isso eu nao posso
generaliza o que pode- ja conheço bem
m***a uma biblioteca de classif**ações dos objetos- entre o ouro e o mercúrio fico com o primeiro
produz conceitos: maior, menor, perto, longe, conheço isso, desconheço aquilo

9 – Recapitular é reconstruir.
No rio, não se molha os pés na mesma água.
Na mente, não se vive um novo amor duas vezes.

24/09/2023

A Saude Mental
Nubor Orlando Facure

Os nossos mestres ensinam que:

1- assim como temos capacidade para nos destruir, temos competências para promover relacionamentos produtivos recuperando e construindo o bem estar de todos

2 - Com o privilégio que a linguagem nos favorece podemos trocar experiências com os outros
Falar e ouvir são técnicas terapêuticas capazes de modif**ar a nós mesmos e os que compartilham sofrimentos conosco

3 - Através de atitudes mentais podemos regular muitas das nossas necessidades fidiológicas

4 - Temos recursos para criar ambientes sociais mais seguros e com ofertas de conhecimento sobre o signif**ado do transtorno mental

5 - Temos termos apropriados para uma abordagem espiritual sem crenças particulares que devem ser respeitadas

22/09/2023

E porque não falar de tias?
Nubor Orlando Facure

Fui privilegiado com várias tias, cada uma com histórias inesquecíveis, 5 maternas e 6 paternas
Ou seja, do lado português (mãe) e da origem árabe (pai)
Marcaram muitos momentos impactantes na minha vida e ouvi de sua sabedoria popular lições de grande valor

Tia Tatina, era baixinha e brava, o esposo e o sogro eram portugueses e ambos com o nome Manoel
Ela foi cuidadora deles na fase final de suas vidas

Tia Tatina benzia a criançada toda quando, correndo pelo quintal, entrava algum cisco nos nossos olhos

Eu nunca conseguia ouvir direito a oração que ela fazia nas nossas costas, acompanhando as cruzes que fazia movimentando as mãos
Mas, era questão de segundos, ao término do ritual de benzimento o cisco sumia
E a gente volta correndo para o quintal com jabuticabeiras e goiabeiras

Nos grandes quintais daquela época, cheio de frutas, as tias falavam:
Não convém lavar a uva, ela apodrece depois
A jaboticaba, também não precisa, a gente está sempre jogando água nelas
Pode comer a goiaba no pé, bicho de goiaba é goiaba também

Eu sempre digo que naquela época o Céu era mais azul, o ar mais puro as frutas mais sadias e mais saborosas
Hoje os agricultores nos vendem uma goiaba ou uma ameixa mais vistosas, maiores, mas são todas insônsas, sem sabor e parecem aguadas

Nunca esqueceremos a tia Nacira lá em Araxá
A gente comia bolo, um biscoitinho de polvilho e aprendia-se o saber popular da época
Liga pras formigas não, formiga faz bem pras vistas

Em Santos morava tia Nabirra
Todos as tardes estávamos lá comendo uma esfirra pequena, de massa molinha, carne bem temperada, uma delícia
Michel, filho de tia Nabirra foi jogador no Santos e, em 1964 quando estagiei na Santa Casa,
Certa tarde, meu primo Michel trouxe o Pelé para lanchar esfirra conosco.
Sou testemunha da simplicidade carismática do Pelé. Ele conseguia interagir com os amigos de maneira cativante
De repente o primo Michel e o Pelé sairam de carro me deixando sem carona foram encontrar as meninas da época

Tia Lurdes, lá em Uberaba era a tia mais brava, punha ordem na casa quando passava a criançada correndo entre os móveis na casa da avó
Sapatos sujos de barro e passávamos trombando nos móveis
Ela viveu por mais de 100 anos lúcida

Meu avô materno Sr José da Silva Dias era português,
teve com Vó Carmelina 22 filhos
Ele foi telegrafista da Mogiana e, posteriormente, dono de pensão em Uberaba onde se aquartelaram os soldados mineiros na revolução de 30
Diziam para, minha mãe: vou lhe trazer a orelha de um paulista

A gente chegava na casa da Vò Carmelina e minha mãe já ia logo ordenando:
Toma benção do seu avô e vão brincar no quintal
Cheguei a ouvir a vóz do meu avô, mas nunca compreendi o sotaque português dele
Vez por outra ouvia dizerem alí na grande sala que chegaram cartas de Portugal
Cada uma delas trazia junto uma medalhinha de Nossa Senhora de Lourdes

Depois de desencarnado, meu avô escreveu uma mensagem psicografada pelo Chico Xavier citando as vários filhas com um grau indiscutível de fidelidade
Com os nomes próprios de todas pois, não aceitava que as chamassem pelos apelidos
Entre os amigos minha mãe era dona Landa (Orlanda)
a tia Tatina e a tia Lália eram a Joaquina e a Eulália

A vó Carmelina tinha sò o quarto ano primário, mas, dava aulas de matemática para crianças na época das primeiras letras
Levava camisas das fábricas para terminar os botões
Nunca me esquecerei de quando sentava ao seu lado enquanto ela afinava as palhas de milho que iam virar cigartos de palha
Esse trabalho era feita com o casco grande de um caramujo que as tias falavam que a gente ouvia o barulho do mar dentro deles
Minha avó Carmelina teve 22 filhos, 10 faleceram bebezinhos
Fico imaginando o nível que ela hoje disfruta na espiritualidade
Quando faleceu, o Chico viu uma coroa de estrelas sobre a cabeça dela
Disse que eram os filhinhos que a vieram acolher no plano espiritual

Das tias de descendêcia portuguesa três delas casaram com Manoel
Tia Fernanda, com o Manuel Marques
Tia Tatina, com Manoel Lopes
Tia Lurdes, com Manoel Gaspar
Meu pai, Sr Nubor, filho de árabe, brincava que ia trocar seu nome para Manoel como os cunhados

Tia Nascira fazia doces deliciosos
Chamava de ameixa um doce feito com queijo
Certa ocasião ela veio visitar o José Humberto, filho geólogo que morou um tempo em Campinas
Tia Nascira fazia um creme de abacate e passava no rosto para tratar a pele
Ela era muito bonita
E uma tarde passou o creme no rosto e foi surpreendida por um ladrão que entrava na casa do filho alí no Taquaral
Quando o meliante abre a porta dá de cara com tia Nascira
O bandido se assustou e saiu numa disparada só

Tia Ivone casou com um italiano
Família Grisi de Uberaba
Era uma briga por dia
Mas muita trovoada e pouca chuvarada
Nada acontecia nos atritos barulhentos

Tia Ivone lia a nossa sorte usando cartas de baralho
Quando aparecia para bisita era todo mundo grudado nela

A tia Maria Elisa foi a caçula da Vò Carmelina
Teve o privilégio de conviver bem de perto com Chico Xavier sendo uma das suas cuidadoras na fase final da sua vida
Essa tia me relatou dois episódios particulares com o Chico que aqui trancrevo com as minhas palavras sem a autorização dela
Certa ocasião ela foi numa escursão de viagem turística pela Itália
Antes de partir o Chico lhe faz uma recomendação
Vá nas Catacumbas e toque na de número tal
Assim ela o fez
Na volta trouxe de presente uma transparência de Roma, album que todo turista costuma comprar
Chico, ao ver o livreto mostra os monumentos e faz descrições e correções apontando os lugares certos para minha tia
Mas, o Chico insiste
E o que aconteceu nas Catacumbas
Quando toquei na de número que você pediu senti uma forte vibração e parecia que nós dois estávamos ali
Na véspra de sua morte
À tardezinha minha tia o assentou fora da cama e lhe deu a sopa costumeira
Ao terminar o Chico entrou num estado quase letárgico
demorou nessa sonolência por uma meia hora
Ao dispertar perfeitamente lúdido disse para minha tia
" Me levaram em volta de toda Terra para uma despedida do Planeta"

Tia Maria Elisa era professora e nos recomendava
Não dê calciladora para as crianças
Depois elas não aprende a taboada

Foi da Maria Elisa que guardei essa lição
Ha 3 coisas na vida que vale a pena viver
Amar
Perdoar
Fazer o bem e esquecer

19/09/2023

Fortalecendo caminhos
Repetindo enganos
Nubor Orlando Facure

Na roça, a gente aprende que onde passa um boi passa uma boiada
E isso marca o caminho
Nos neurônios, quando passam repetidas vezes a mesma informação esse caminho se fortalece
Por isso é fácil repetir o mesmo erro, se iludir com os mesmos enganos

Lição de casa
Melhor pensar duas vezes antes de decidir
É lá da roça a lição:
Cautela e caldo de galinha não faz mal para ninguem

17/09/2023

Afinal, quem somos? - consulte suas memórias
Nubor Orlando Facure

“É preciso nascer de novo”, passando por experiências múltiplas no decurso das encarnações
Uma questão em aberto e extremamente complexa é até onde podemos saber quanto e como são transferidos para o cérebro físico de uma criança, que está por nascer, o conteúdo de sabedoria e os talentos adquiridos pelo Espírito no decurso de suas existências.

O desenvolvimento do sistema nervoso

O patrimônio genético dessa criança põe ordem no seu desenvolvimento, acrescentando aptidões por etapas, coincidindo essas fases com a progressiva mielinização das fibras nervosas
Primeiro, são mielinizadas fibras de baixo para cima, que permitem a atividade motora das pernas e depois dos braços
No cérebro, a organização é de trás para frente, primeiro as áreas visuais nos polos occipitais e depois o lobo frontal, que só completa sua formação depois dos 21 anos.

E a memória – quem eu sou e quem eu já fui?

Sou o que minhas memórias dizem
O bebê humano ao nascer não está zerado em suas memórias. Os te**es especializados confirmam que ele tem arquivado a voz da mãe e possivelmente outros sons que ouviu enquanto no útero, sem que haja confirmação que ouvir músicas de Mozart dará a essa criança um cérebro de um músico de talento

O que é do conhecimento geral é que a criança não consolida, armazena ou retém como memória as experiências que vivenciou até os três anos de idade – esse esquecimento é conhecido como “amnésia infantil”.

Do ponto de vista espiritual o que já aprendemos?
Não temos, como regra geral, nenhuma lembrança de nossas vidas passadas Entretanto, ensinam os textos espíritas básicos que, mesmo não tendo essas lembranças, de uma maneira ou de outra podemos perceber, em cada um de nós, certas tendências trazidas de outras vidas – ideias inatas, ou mesmo pendores que se revelam sem maior esforço
Um determinado profissional com formação acadêmica numa área específ**a pode perceber suas tendências e habilidades em competências completamente diferentes
Um professor de matemática ou uma psicóloga podem descobrir em desenvolvimento um talento para música, artesanato ou um pendor literário, como fez o médico Guimarães Rosa que nos escreveu Grande Sertão: Veredas

A personalidade, o caráter e o temperamento, têm comprovadamente uma base genética, mas, seguramente, sofrem uma forte influência do patrimônio espiritual de outras vidas

Um Espírito amigo nos ensinou que podemos não saber o que fomos, mas não é difícil saber o que fizemos em vidas anteriores observando nossos pendores, nossas vitórias e dificuldades

Vejamos uma nota breve sobre certos tipos de memórias:
Podemos tirar da classif**ação das memórias 3 expressões fundamentais:
A memória semântica e a episódica, que fazem parte da memória declarativa, e a memória implícita ou de procedimentos.

A memória semântica refere-se ao conhecimento adquirido pelas lições que aprendemos de uma forma ou de outra:
Quem nasce no Brasil é brasileiro,
Paris é a capital da França,
Voltaire foi um grande filósofo do iluminismo,
A América foi descoberta por Cristóvão Colombo

A memória episódica, por outro lado, é personalizada, refere-se a fatos pessoais vividos por nós, é narrativa e, por isso, muito falha
Sua consolidação é mais firme nos dados autobiográficos: meu nome, meu endereço, meu estado civil, a cidade onde nasci, minha nacionalidade, de quem sou filho, que profissão exerço, quem são meus filhos.

A memória episódica de eventos pessoais refere-se a acontecimentos vividos por nós, recentes ou não.
O que almocei ontem?
Quem me telefonou essa tarde?
A que praia fui nesse fim de ano?
Quem me visitou nesse domingo?
Como foi o casamento do meu primo?

Esse modo de memória (episódica) tem uma marca temporal e é fortemente contextualizada.

Com as marcas do tempo:
Fui à praia no Natal, viajei na semana santa, fui pescar em fevereiro do ano passado, troquei de carro em dezembro.

Ligadas ao contexto:
Assisti àquele filme no Shopping com minha esposa, adorei o camarão daquele restaurante de Joinville, eu estava no hotel quando ouvi aquela notícia, foi no jogo de futebol que torci o tornozelo, fiquei em casa porque chovia muito.

Essas memórias podem ser resgatadas, voltando à nossa consciência, mas, ao serem lembradas, nós sempre fazemos uma nova descrição dos fatos
Daí a incerteza dos relatos das experiências e dos testemunhos que vivenciamos nos episódios da vida.

Temos outro tipo importante de memória
São as memórias de procedimento.

Consitem de habilidades aprendidas:
Andar de bicicleta, dirigir o automóvel, pilotar o avião, dedilhar o teclado, lidar com a prensa da fábrica, talhar a madeira numa peça de artesanato, tocar ao piano, desenhar ou pintar uma paisagem
Boa parte das demências não afetam nossas memórias de procedimentos.
Nossa habilidade para dedilhar o violão ou lavar a louça permanecerão por mais tempo

Recordando a história de vidas anteriores. Isso é possível?
São ocorrências raras, mas, vez por outra, encontramos crianças fazendo relatos de terem vivido em outro lugar, dando as identif**ações necessárias para essa comprovação. A literatura médica e o cinema têm relatos enriquecedores que atestam a reencarnação e a ocorrência de permanência dessas memórias episódicas. Geralmente, com o crescimento da criança, essas memórias se perdem. São também excepcionais, mas bem descritos, casos de persistência das memórias semânticas.

São algumas crianças rotuladas de autistas, ou “idiots savans”, que são capazes de responder brilhantemente sobre determinado tema de conhecimentos gerais ou de um domínio particular, como literatura ou matemática. Por outro lado, são extremamente corriqueiras, no ambiente familiar de muitos de nós, as ocorrências das memórias de procedimento.

Há em quase toda família os desenhistas, os pintores, os pianistas, os artesões habilidosíssimos que fazem castelos na areia ou na madeira sem qualquer ensinamento prévio.

Observando bem, em cada um de nós podemos perceber que as memórias episódicas são consolidadas firmemente até que alguma demência nos atinja, fazendo-nos esquecer até mesmo o nome.

As memórias episódicas para eventos pessoais são fugidias e enganosas. Quem relata sua festa de casamento faz o mesmo que os pescadores ou os jogadores: a cada relato, produzem uma nova versão. É o que diziam os antigos: quem conta um conto aumenta um ponto.

Por outro lado, certos eventos de nossa vida podem ocorrer carregados de forte emoção e um susto ou uma ameaça pode consolidar com mais força determinada ocorrência. Uma batida com o nosso carro em que alguém sai ferido, a ameaça de um assalto ou um sequestro, o medo de enfrentar uma cirurgia de risco, a dor de um fêmur fraturado na queda de uma bicicleta.

Considerando a reencarnação, é provável que essas memórias episódicas carregadas de forte emoção física ou psíquica possam ser uma boa explicação para nossos medos, as crises de pânico, as fobias, as dificuldades para enfrentar o elevador, o avião, uma picada da vacina, uma cobra, uma ar**ha, uma simples barata ou falar em público.

As memórias de procedimentos - No decorrer da vida vamos aprendendo habilidade e adquirindo competências comuns a nós humanos. Andar, correr, escrever, nadar, dirigir, pilotar, andar de bicicleta, soltar uma p**a e outras de maior destaque: tocar piano, violino, cantar com o violão, pintura, artesanato entre muitas outras.

O maior destaque nesse tipo de memória é que ela é mais ou menos permanente. Ninguém se esquece de como nadar ou andar de bicicleta. O dedilhar do violão ou o piano, por outro lado, exige treinamento constante, mas os rudimentos básicos permanecem para sempre.

Nunca me esqueço de que o primeiro paciente que conheci com a doença de Alzheimer era um alfaiate. Não sabia dizer o nome da esposa, nem o seu endereço, mas gesticulava com as mãos e mostrava como fazia o corte de tecido para fazer um terno

O paciente com essa doença é treinável e capaz de aprender certas habilidades motoras novas, mas não retém um conhecimento novo, como, por exemplo, o endereço do hospital.

Pode-se conjecturar que as memórias de procedimentos são as que mais se conservam de uma encarnação para outra. Elas permanecem sempre mais firmemente consolidadas em nosso cérebro – principalmente nos núcleos basais e no cerebelo – e os exemplos são parte da história de todas famílias. São as aptidões, os talentos, as tendências, os pendores artísticos e os desempenhos que surgem facilmente no artesanato, na música, na pintura, no esporte, entre tantos outros.

Um resumo simples - A memória autobiográf**a é firme, confiável, nos acompanha pela vida toda sem distorções. Nós a perdemos quando ocorrem leões cerebrais graves. Dificilmente ela permanece no transcurso de uma vida para outra. A memória episódica é facilmente distorcida. Ela é resgatada sempre com uma nova versão, não é recuperada. É recontada. É sensível aos eventos emocionais que aumentam os seus traços. Podem justif**ar o que sentimos hoje em forma de medos, fobias, traumas psíquicos, déjà-vu e outros fenômenos da psicopatologia humana.

A memória de conhecimentos, semântica, é acumulativa e pode favorecer o aprendizado em determinadas áreas de uma vida para outra.

E, finalmente, as memórias de procedimentos que se expressam, geralmente, em habilidades motoras, são mais sólidas, costumamos dizer que ninguém esquece como andar de bicicleta. De uma encarnação para outra, elas podem permanecer como uma tendência profissional, talentos artísticos diversos, predisposição para esse ou aquele esporte.

E o que a morte fará com as nossas memórias?

Diz o povo que “dessa vida nada se leva”.
Eu costumo dizer que, obrigatoriamente, vamos levar os nossos neurônios; estão impressos neles a nossa identidade
Um neurocirurgião famoso fazia suas cirurgias com o paciente acordado. Com o crânio aberto ele estimulava eletricamente várias áreas cerebrais. Além das repostas motoras e sensitivas ele conseguia estimular a região temporal onde produzia reminiscências guardadas pelo paciente

Sabemos todos, como espíritas, que o que ocorre no cérebro é transferido ao Espírito através de um veículo semimaterial, o perispírito. Mas durante toda nossa vida as redes neurais acumulam um rico aprendizado que consolida nossos comportamentos e enriquece nossas memórias. Os exames de ressonância funcional e a estimulação direta nos neurônios detectam essas competências.

A pergunta é: tudo isso se desfaz com a morte?

Aprendemos com a doutrina espírita que esse material é inteiramente transferido para o perispírito e consequentemente para o Espírito

Esse fenômeno nos permite conjecturar algumas consequências
Logo após a morte, seremos exatamente o mesmo que somos hoje
Com as mesmas memórias, comportamentos e experiências
Isso explica porque, mesmo desencarnados, há Espíritos que continuarão duvidando da reencarnação
E, para maioria de nós, não será de um dia para o outro que teremos acesso às memórias do nosso passado.

Lição de casa
A doença de Alzheimer, ao nos comprometer brutalmente a memória, nos faz perder a identidade
Como me diz em lágrimas o esposo de uma dessas pacientes:
Doutor, minha esposa quando foi deitar era uma
mas, ela não amanheceu
era completamente outra
Pressuponho que a doença Alzheimer afeta os neurônios, mas, permanece lúcido o Espírito
Todos apresentam flash de lucidez
No Espírito eu penso que a pior doença que o corrói é a culpa

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