Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade - ABESO

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE, SUSTENTABILIDADE E CULTURA ALIMENTAR — Em sua nova gestão, a Abeso pretende aproximar médicos e outros profissionais de saúde de uma discussão que é vital para todo mundo: a da sustentabilidade ambiental.

Um ponto levantado em documento que saiu na revista The Lancet, em 2019, foi relembrado pelo presidente da Abeso, , para ilustrar o papel de sociedades médicas nessa história: “Como podemos contribuir para que as diretrizes nutricionais sejam boas para a população e, ao mesmo tempo, para o planeta?”.

Muitas vezes o que faria bem para a nossa saúde se tornaria insustentável para o meio ambiente, se fosse seguido à risca (que, afinal, é o que se imagina que quem as faz deseja). E essa equação precisa fechar.

Segundo Bruno Halpern, a nova comissão reunirá pessoas de diversas áreas para discutir esses pontos e, ainda, pensar em cultura alimentar. “Há muito terrorismo nutricional em cima do arroz com feijão e de tantas outras preparações genuinamente brasileiras”, comenta.

De fato, isso não apenas abre mais espaço para alimentos ultraprocessados na dieta como faz com que recomendações nutricionais para a prevenção e o tratamento do sobrepeso e da obesidade sejam muitas vezes insustentáveis conforme a cultura em que o indivíduo está inserido.

“Voltar às raízes, aos nossos ingredientes e à nossa culinária pode ser algo que ajude a longo prazo, principalmente na prevenção do ganho de peso”, acredita Bruno Halpern. “E mais: como alguém pode dizer que não gosta de legumes e verduras quando existem mais de 8 mil plantas comestíveis?!”, espanta-se. “A ideia é também refletir com essa comissão sobre como mostrar às pessoas outras possibilidades à mesa.”

PARA DA VOZ ÀS PESSOAS COM OBESIDADE  — Uma associação dedicada ao estudo da obesidade tem diversas missões, mas sem dúvida uma delas é buscar melhorar o atendimento de pessoas com obesidade e, com isso, ter um grande impacto em saúde e qualidade de vida.

Sendo assim, não podemos ignorar relatos de pessoas com obesidade que têm experiências negativas em diversos locais, até mesmo quando buscam atendimento de saúde, sentindo-se muito julgadas e pouco acolhidas.

Infelizmente, a gordofobia existe e é disseminada. Mas também existe problemas de linguagem: profissionais de saúde muito bem intencionados que afastam os pacientes sem querer só pela forma como se comunicam. 

A falta de comunicação entre profissionais de saúde e pacientes já foi muito estudada na obesidade, e interfere diretamente no cuidado ao paciente.  Daí a necessidade de um movimento mundial para aproximá-los.

No Brasil, a Abeso se sente no dever de promover esse diálogo. Queremos convidar quem vive com obesidade para participar dos nossos eventos e ter voz ativa.  Pretendemos criar documentos em conjunto. Sobretudo, desejamos entender suas vivências e demandas — as quais podem ser bem diferentes daquelas que imaginamos.

Com essa intenção, estamos criando um departamento reunindo representantes de pessoas com obesidade. Daremos notícias em breve, assim que ele estiver totalmente configurado.

Defendemos, como sempre, uma abordagem que não cai em extremos. A obesidade é uma doença, mas ela não define ninguém. Assim como o objetivo do tratamento — reforçamos —  não pode ser “normalizar" o IMC. 

Devemos respeitar todos os corpos, de todas os tamanhos e medidas, cuidar respeitosamente de todas as formas.  E, sim, ouvir aqueles que mais sabem como podemos melhorar isso.

Nesta semana de aquecimento para mais um Dia Mundial de Obesidade e às vésperas de um mês de março repleto de ações e histórias, queríamos antecipar um pouco do que vem por aí.

QUEREMOS OUVIR HISTÓRIAS DE QUEM TEM OBESIDADE — Em março, mês do Dia Mundial da Obesidade (sábado, 4), mais uma vez Abeso, SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) e WOF (World Obesity Federation) se unem para realizar uma campanha. Prepare-se para muitas ações!

Um dos objetivos deste ano será dar voz às pessoas com obesidade. Por isso, gostaríamos de convidá-las a contar a sua história. E pedimos a ajuda de todos para divulgar essa iniciativa.

Não esperamos depoimentos de quem tinha obesidade e perdeu muitos quilos tornando-se “magro”. Sabemos que casos assim podem ser muito bons, mas não acreditamos que o objetivo do tratamento ético da obesidade seja necessariamente “normalizar o IMC”. E casos na linha “como emagreci” podem dar essa impressão.

Queremos saber como é viver com obesidade, como se cuidam e se sentem. Podem ser histórias positivas ou, ao contrário, relatar situações de estigma. Nesse ponto, não há regras.

Por falar em regras, se quer participar, leia todas com atenção para não haver erro na sua inscrição. Elas estão no site da Abeso: www.abeso.org.br.

Se o depoimento, em vídeo ou em texto, for selecionado pelas diretorias da Abeso e da SBEM, o autor ganhará um mimo como demonstração do nosso agradecimento, bem como o profissional de saúde que ele eventualmente indicar.

A FUNÇÃO SEXUAL APÓS A BARIÁTRICA — Já é sabido: quanto mais altos o IMC e a medida da circunferência abdominal, menores tendem a ser os níveis de testosterona. Aliás, nos homens, o IMC elevado tem sido considerado um fator de risco independente para a disfunção erétil.

Agora, pesquisadores da Jinan University, na China, resolveram avaliar se a função sexual de 59 homens com obesidade melhoraria após a cirurgia bariátrica. Os participantes tinham entre 22 e 51 anos.

De acordo com o artigo publicado na Frontiers in Endocrinology, antes da cirurgia os participantes responderam um questionário validado internacionalmente para avaliar a função erétil, contemplando aspectos como libido, ereção, intensidade do orgasmo e satisfação com o s**o em geral. Os pesquisadores também dosaram os hormônios se***is de todos e realizaram outros exames.

Essa batelada, por sua vez, foi repetida um ano após a bariátrica. Bom dizer que os autores tiveram o cuidado de fazer ajustes para evitar a interferência de fatores como tabagismo, consumo de álcool e outros.

Resultado: todos os parâmetros relacionados à função sexual melhoraram, parecendo existir uma correlação com a perda de peso e a diminuição da circunferência abdominal e do pescoço. O score do questionário, por exemplo, saltou de uma média 52 pontos para 61 pontos, sinal de que os homens submetidos ao tratamento cirúrgico da obesidade estavam mais satisfeitos com a vida sexual do que antes.

Se quiser ler a publicação, este é o DOI: 10.3389/fendo.2022.1036243

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OS BONS RESULTADOS DE INTERVENÇÕES NUTRICIONAIS NAS ESCOLAS — Pesquisadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, realizaram um ensaio controlado randomizado para avaliar se uma intervenção em escolas de Austin, a capital texana, seria capaz de melhorar parâmetros como a glicemia e os níveis de colesterol LDL em meninos e meninas entre 7 e 12 anos.

O estudo, realizado entre 2016 e 2019, envolveu 3.302 jovens de dezesseis escolas que atendem famílias de baixa renda, a maioria de origem hispânica. Todos foram avaliados, com pesagens e cálculo do IMC. Em um terço da amostra, ou 1.104 alunos, os cientistas fizeram ainda dosagens no sangue.

No primeiro ano, oito escolas foram sorteadas para a realização de uma intervenção em que a garotada plantou e cuidou de uma horta, teve aulas de culinária e noções de alimentação saudável. As famílias, por sua vez, participaram de encontros mensais cheios de aprendizados.

A intervenção também foi feita nas outras oito escolas, só que mais tardiamente, apenas no ano seguinte. No final, a turma que aprendeu sobre nutrição e alimentação desde o início do seguimento de três anos apresentou uma redução média de 0,02% na hemoglobina glicada e de 6,40 mg/dL do colesterol LDL em relação à moçada da intervenção tardia.

Entre as observações dos autores está que a inclusão de aproximadamente 2,5 xícaras de chá de vegetais por dia na alimentação das crianças foi uma mudança crucial para melhorar os parâmetros metabólicos.

Além disso, lembram que intervenções nutricionais em escolas são sempre bem-vindas. Mas o ideal é que se estendam em vez de serem pontuais ou durarem apenas um único ano letivo. Daí a diferença que notaram nos resultados.

O DOI do artigo que saiu no JAMA Open é este aqui: 10.1001/jamanetworkopen.2022.50375

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A GORDOFOBIA E A FALTA DE PREPARO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SÃO ENORMES OBSTÁCULOS PARA OS NOVOS REMÉDIOS PARA A PERDA DE PESO — Gostaríamos de interromper o seu Carnaval para uma leitura que, na nossa opinião, está imperdível.

Recomendamos o artigo da jornalista Ingrid Luisa, na revista sob a batuta do editor Diogo Sponchiato. O texto é impressionantemente aprofundado, embasado em entrevistas com importantes especialistas no assunto, como o endocrinologista Paulo Miranda, presidente da Sbem, e a também endocrinologista Jacqueline Rizzolli, que faz parte da Abeso.

E ela, aliás, quem declara: “Perguntar a alguém nessa condição( (obesidade), por que nunca emagreceu é o mesmo que perguntar a um calvo por que o cabelo dele caiu”.

Deixamos o link nos Stories e em “Abeso na Mídia” nos destaques. Boa leitura!

UMA DIETA GORDUROSA PODE REDUZIR A CAPACIDADE DE REGULAR A INGESTA CALÓRICA — Essa é a conclusão de um estudo publicado no The Journal of Physiology — mas, antes, bom observar que ele foi realizado em ratos.

Segundo os autores, que são pesquisadores da Penn State College of Medicine, nos Estados Unidos, células do cérebro chamadas astrócitos parecem ter um papel central na sinalização entre o cérebro e o sistema digestório. Porém, essa função seria prejudicada quando o indivíduo consome continuamente alimentos calóricos, particularmente aqueles ricos em gorduras.

Então, os astrócitos deixariam de sinalizar direito a neurônios que se comunicam com o estômago avisando que ele precisa se esvaziar, mandando seu conteúdo para o intestino, ou se manter cheio por mais tempo.

O que aconteceria primeiro? Os cientistas reconhecem que ainda não é possível para saber se essa falta de sinalização seria consequência ou,
ao contrário, uma das causas do comer excessivo. E vale reforçarmos que não dá para pura e simplesmente extrapolar os achados em ratos para o organismo humano.

Os resultados, contudo, apontam para uma pista: a de que é melhor maneirar no consumo de alimentos muito gordurosos. E isso não apenas por suas calorias em si ou por sua composição nutricional, mas porque poderão prejudicar o controle da quantidade de alimentos que sentimos vontade de comer, algo capaz de atrapalhar o controle da obesidade.

Este é o DOI: DOI: 10.1113/JP283566

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“É POSSÍVEL COMBATER A GORDOFOBIA SEM NEGAR QUE A OBESIDADE SEJA UM PROBLEMA DE SAÚDE" — A afirmação é do presidente da Abeso, o endocrinologista Bruno Halpern.

É fundamental condenar o preconceito em relação às pessoas com obesidade, algo inadmissível. Mas, às vezes, movimentos contra a gordofobia vão para outro extremo e criticam quem descreve a obesidade como uma doença ou, vá lá, como uma condição capaz de levar a outras doenças.

“Na cabeça de alguns, é como se os profissionais que seguem o que diz a ciência inventassem uma doença para encobrir o seu preconceito. Não é bem assim.”, diz Bruno Halpern, “Daí, há uma interpretação de que o objetivo do tratamento é tornar todos magros, quando não é isso.”

Não podemos negar que a obesidade está associada a outras doenças. Mas quem defende uma abordagem séria sabe que uma pequena perda de peso muitas vezes já traz benefícios para a saúde, mesmo sem a pessoa alcançar o tal do IMC “normal”.

Às vésperas do mês em que temos o “Dia Mundial da Obesidade”, para aquecer os motores, gostaríamos que vocês refletissem:

🔸 1. Defender que a obesidade precisa de tratamento não é deixar de defender a valorização de todos os corpos.

🔸2. Defender o tratamento não é buscar que todo mundo seja magro.

🔸3. É possível e desejável defender o tratamento e, ao mesmo tempo, combater com força a gordofobia.

🔸4. Por fim, Ted Kyle, da coluna que a nossa revista publica com exclusividade no Brasil, provoca mais uma reflexão: "Será que o discurso do 'coma menos e se movimente mais', sem querer, não reforçou o estigma? "

De fato, ele cria a impressão de que pessoas com obesidade ainda têm muito o que fazer para melhorar a sua saúde, sem considerar que algumas precisarão de remédios e que outras, mesmo que estejam acima do peso, já fazem o suficiente, são fisicamente ativas, se alimentam bem e têm sua obesidade controlada.

Precisamos caminhar juntos, quem trata a obesidade e os grupos, sempre bem-vindos, de quem combate a gordofobia.

SEU TRABALHO NO CBOSM 2023 E NA ARCHIVES OF ENDOCRINOLOGY AND METABOLISM — Já pensou? Pela primeira vez em uma edição do Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica, todos os trabalhos submetidos que forem aprovados após a avaliação da Comissão Científica, além de serem apresentados no nosso grande evento, serão publicados em uma edição suplementar dessa que é a revista oficial da .

A edição extraordinária da publicação será inteiramente voltada aos trabalhos do maior congresso sobre obesidade da América Latina.

Lembre-se que você tem um pouco mais de um mês para enviar o seu resumo. O prazo final é 31 de março. Não deixe para a última hora!

Deixamos o link nos Stories para que fique por dentro de todas as regras.

REUNIÃO PROPÕE UM CENTRO DE CAPACITAÇÃO EM OBESIDADE — A ideia foi sugerida pelo Secretário da Saúde do Estado de São Paulo, Eleuses Paiva: que a Abeso criasse um Grupo de Trabalho para refletir sobre como melhorar no atendimento de pessoas com obesidade.

Pois bem: hoje aconteceu a primeira reunião desse grupo, com representantes de departamentos de obesidade de universidades estaduais e federais de São Paulo.

Ele resultou em um projeto pra lá de ambicioso, que o doutor Bruno Halpern, presidente da Abeso, conta em primeira mão: “Queremos criar um centro de capacitação em obesidade para profissionais de saúde a fim de que eles, treinados, possam atender em serviços especializados em diversas regiões do estado que, de preferência, sejam multidisciplinares, contando com nutricionistas, psicólogos e educadores físicos, mas onde também existam médicos capazes de orientar o uso de medicamentos.”

A proposta será registrada em um documento escrito a muitas mãos. Ele deverá ser entregue ao secretário no mês de março, quando acontece o Dia Mundial da Obesidade. “Temos a esperança de que ele compre a ideia para melhorar o atendimento das pessoas com obesidade, lembrando que ela é uma das doenças que mais crescem no nosso país, acometendo atualmente mais de 20% da população brasileira.”

O QUE FAZ UM MÉDICO SER EXEMPLAR? — Provavelmente, emprestar aos seus colegas, pacientes e alunos, não apenas aquilo que sabe sobre glândulas, hormônios e afins, no caso de um endocrinologista, para citar uma especialidade. Mas impregná-los de valores, como o respeito, e envolvê-los com toda a sua emoção.

Há exato um mês, falecia o professor Giuseppe Repetto, que fundou o Serviço de Endocrinologia do Hospital São Lucas da PUC do Rio Grande do Sul. E que foi um dos fundadores da Abeso também.

Ele é um exemplo bem acabado de médico que, generosamente, compartilhou muito mais do que conhecimento científico. Assim, inspirou muitas pessoas ao longo de sua vida. E pode fazê-lo refletir também.

Por isso, não deixe de conhecer um pouco de sua história no site (deixamos o link nos Stories).

Inspire-se! Sejamos todos, médicos e não médicos, profissionais de saúde exemplares, como o professor Giuseppe Repetto gostaria.

SÓ SE FOR AGORA! — Aproveite esta sexta-feira para se inscrever no maior evento científico sobre obesidade e síndrome metabólica, que acontecerá entre 8 e 10 de junho no Rio de Janeiro.

Não faltam excelentes razões para você participar, a começar pela programação que, mais do que atualização científica da melhor qualidade para o atendimento dos pacientes no dia a dia, com aulas e conferências de alguns dos maiores experts do Brasil e de fora , traz assuntos inusitados — e que, no entanto, merecem reflexão urgente, como as questões de sustentabilidade do planeta. Sim, elas também têm a ver com obesidade e síndrome metabólica.

A programação é multidisciplinar, com desconto especial na inscrição para profissionais de saúde não médicos, graduandos e pós-graduandos.

Mas lembre-se que amanhã, para todos, o valor para se inscrever estará bem diferente, mais alto. Então, não perca tempo: é HOJE!

O link para o site do evento está nos Stories . Lá, você poderá conhecer o programa preliminar e garantir a sua presença no XX Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica, o tão aguardado CBOSM 2023!

SÓ ATÉ SEXTA-FEIRA — Prorrogamos a virada de lote para sábado, dia 11. Nesse dia, os valores da inscrição no XX Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica serão reajustados. Por isso, aproveite hoje ou amanhã para garantir a sua participação no nosso evento, que será entre 8 e 10 de junho no Rio de Janeiro.

🔸Até amanhã, médicos sócios da Abeso investem apenas 975 reais, enquanto os não sócios pagam 1.560 reais. Os valores subirão para 1.200 reais e 1.950 reais, respectivamente, no sábado, 11.

🔸Para nutricionistas , psicólogos e outros profissionais de saúde não médicos, mas que são sócios da Abeso, até amanhã a inscrição sai por 600 reais. Já para os não sócios, ela está custando 800 reais. A partir deste sábado, os valores serão, 800 reais e 1 mil reais.

🔸 O valor da inscrição para graduandos é de 450 reais até amanhã e, depois disso, 600 reais.

🔸Para residentes e alunos de pós-graduação stricto sensu (mestrado, doutorado, pós-doc), o investimento na inscrição continua sendo 450 reais, mas só até amanhã, viu?

O link, para facilitar, está nos Stories

O RISCO DE TRANSTORNOS ALIMENTARES EM MULHERES NA PERIMENOPAUSA — Muita gente tende a achar que transtornos alimentares são um problema de adolescentes e jovens adultos. No entanto, eles podem aparecer em qualquer idade e, segundo um artigo assinado por pesquisadores da Georgia State University e da University of North Carolina, nos Estados Unidos, o período da perimenopausa é crítico para as mulheres.

O estudo, verdade se diga, é bem pequeno, já que envolveu apenas 36 participantes entre 45 e 61 anos.

Nessa faixa etária, nos Estados Unidos, estima-se que 3,5% das mulheres tenham algum transtorno alimentar. Mas, segundo os pesquisadores, a prevalência pode chegar a 29,3% se a gente olha apenas para aquelas que apresentam ao menos um de dois gatilhos identificados por um questionário validado. Um deles é a insatisfação com o peso, lembrando que o ponteiro da balança pode subir nessa fase. O outro é a insatisfação com as formas do corpo porque a distribuição da gordura costuma mudar com a aproximação da menopausa.

Os autores não entram no mérito da reposição hormonal, nem de medidas para evitar o ganho de peso. Eles sugerem que os profissionais de saúde sejam mais sensíveis a esses dois gatilhos e, se notarem uma insatisfação muito alta com o corpo, prestarem maior atenção no risco de a paciente desenvolver um transtorno alimentar.

O artigo saiu no mês passado na Menopause. Aqui está o DOI: 10.1097/GME.0000000000002141

UMA XÍCARA DE EFEITO ANTI-INFLAMATÓRIO, SERÁ MESMO? — A notícia veio da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca: de acordo com um estudo realizado por lá, a combinação de determinados antioxidantes presentes no café com proteínas do leite potencializaria a capacidade do sistema imunológico de regular inflamações, sem deixar que se tornem exacerbadas.

O artigo saiu em janeiro no Journal of Agricultural and Food Chemistry. Muito se fala sobre os bioativos encontrados no café, os famosos polifenois. Mas pouco se conhece sobre a interação dessas substâncias com outras moléculas presentes nos alimentos. E nada mais justo do que examinar sua combinação com as do leite, já que a dobradinha é comum.

Segundo os pesquisadores dinamarqueses, os aminoácidos de um junto com os polifenois de outro inibiriam levemente a atividade inflamatória do sistema imunológico.

Isso, porém, foi observado em células no laboratório. Ali, diante de componentes da dupla café com leite, a inibição da inflamação teve literalmente o dobro de eficácia— o que, atenção não se notou estudando as moléculas do café e as do leite separadamente.

Será que aconteceria o mesmo na vida real, depois de alguém tomar uma xícara dessa mistura tão comum no café da manhã dos brasileiros? É o que os cientistas querem checar em nova uma fase da investigação. Por enquanto, esses resultados servem apenas como curiosidade, dando um gostinho a mais no café com leite do nosso dia a dia.

O DOI: 10.1021/acs.jafc.2c06658

CONSUMO DE FAST-FOOD ASSOCIADO À DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOOLICA — Um estudo publicado recentemente no Clinical Gastroenterology and Hepatology  e assinado por pesquisadores da University of Southern California, nos Estados Unidos, dá mais uma motivação para todo mundo tentar reduzir o consumo de fast-food neste ano que mal e mal começou.

Os autores analisaram dados de 2017-2018 da National Health and Nutrition Examination Survey, que é o grande inquérito alimentar dos americanos. Eles queriam determinar o impacto do consumo de fast-food no acúmulo de gordura no fígado, comparando quem tinha e quem não tinha esse hábito no grupo de cerca 4 mil adultos cuja saúde hepática já tinha sido registrada na pesquisa sobre alimentação.

Desse modo, descobriram que, na população em geral, o consumo de 20% ou mais das calorias diárias vindo de fast-food aumentava moderadamente o risco de desenvolvimento de doença hepática gordurosa não alcoólica.  No entanto, entre os indivíduos com obesidade ou com diabetes a história era outra. Para eles, se 20% ou mais das calorias diárias eram oriundas de fast-food, o risco da doença hepática aumentava de maneira abrupta e severa.

Por questões metabólicas, lembram os pesquisadores, a gordura tem muito mais facilidade para  se acumular nas células do fígado quando alguém tem uma dessas condições — diabetes ou obesidade.

No estudo, 52% da amostra comiam fast-food regularmente e 29% se encaixavam nessa situação de ter mais de um quinto do aporte calórico diário vindo de sanduíches, pizzas em pedaços, batatas fritas e afins.

Aqui está o DOI para aqueles que quiserem ler o artigo: 10.1016/j.cgh.2022.11.040

TRÊS SPOILERS 😬 😜— A programação preliminar do XX Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica está no site do evento. Aqui, vamos dar apenas três spoilers do que você vai encontrar:

🔸Obesidade, meio ambiente e sustentabilidade: todo profissional de saúde precisa conhecer essa relação. De hoje em diante, teremos de lidar cada vez mais com essas questões. E, sim, elas se relacionam!

🔸Causas virais de adiposidade e adiposopatia: você está por dentro disso?

🔸Como escolher um método contraceptivo ou uma terapia hormonal para a mulher com obesidade? Tema com impacto na rotina clínica de quem cuida da saúde feminina.

Comente aqui o que você achou. De tempos em tempos, vamos antecipar outros temas do CBOSM 2023, mas o melhor mesmo é você conhecer o programa preliminar completo no site e aproveitar a visita para garantir a sua participação até sexta-feira que vem, dia 10, antes do aumento do valor das inscrições.

Deixamos o link da programação nos Stories.

O IMPACTO DA SOLIDÃO — Pesquisadores da George Mason University, nos Estados Unidos, notaram que, entre universitários que sentem solidão, são encontrados maiores níveis de comportamento sedentário e um consumo mais elevado de alimentos ricos em gorduras e açúcar.

Em uma pesquisa anterior, de 2021, 44% dos universitários americanos relataram que tinham sobrepeso ou obesidade. Por isso, o time da George Mason resolveu investigar se a solidão dos calouros — sentimento que pode ser frequente entre os jovens quando eles são obrigados a mudar de ambiente — seria um fator de risco importante para o ganho de peso.

A análise incluiu 264 estudantes que responderam um teste validado para aferir o quanto se sentiam solitários. Depois, os pesquisadores cruzaram o resultado com as respostas de um questionário sobre atividade física e hábitos alimentares.

Entre os que sentiam solidão, 19,2% eram sedentários e 53,8% faziam menos atividade física do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde. Por sua vez, entre quem não apresentava o mesmo sentimento, 13,8% eram sedentários e apenas 36,7% faziam menos atividade física do que o ideal. O consumo de alimentos riscos em gordura e em açúcar também foi um pouco maior no grupo que se achava mais isolado.

Para os autores, o ambiente universitário deveria estimular a socialização dos estudantes como forma não apenas de melhorar a saúde mental de todos, mas também de diminuir o risco de ganho de peso.

Aqui está o DOI do artigo, que saiu em janeiro no Journal of American College Health: 10.1080/07448481.2022.2141060

física

ATÉ 10 DE FEVEREIRO — Devido ao grande interesse das pessoas em participar do XX Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica e atendendo aos inúmeros pedidos que chegaram em nossas redes sociais, adiamos a data de aumento do valor da inscrição.

Se você se inscrever até sexta-feira que vem, dia 10, ainda fará um investimento com desconto. E que investimento em atualização científica! Trata-se, afinal, do maior evento científico sobre obesidade e síndrome metabólica da América Latina.

Programe-se para estar conosco no Rio de Janeiro, entre 8 e 10 de junho.

🔸Até 10/02, médicos sócios da Abeso investem apenas 975 reais, enquanto os não sócios pagam 1.560 reais. Os valores subirão para 1.200 reais e 1.950 reais, respectivamente.

🔸Para nutricionistas , psicólogos e outros profissionais de saúde não médicos, mas que são sócios da Abeso, até 10/02 a inscrição sai por 600 reais. Já para os não sócios, ela está custando 800 reais. Depois, esses valores serão, respectivamente, 800 reais e 1 mil reais.

🔸Estudantes graduandos podem participar do congresso, sim! Queremos os estudantes por lá! No caso, o valor da inscrição é de 450 reais para quem se inscrever até 10/02 e, depois disso, 600 reais. Para residentes e alunos de pós-graduação stricto sensu (mestrado, doutorado, pós-doc), o investimento na inscrição é esse também e o aumento será idêntico — passará a custar 600 reais em fevereiro.

O link, para facilitar, está nos Stories

INSCREVA-SE HOJE, ATÉ MEIA-NOITE — O valor do investimento para participar do XX Congresso de Obesidade e Síndrome Metabólica vai aumentar amanhã e corremos aqui para lembrar todo mundo.

Aguardamos vocês no nosso congresso, o maior da América Latina reunindo profissionais de saúde que estudam e cuidam de pessoas com sobrepeso e obesidade. Um evento verdadeiramente imperdível.

Deixamos o link para inscrições nos Stories.

GARANTA SUA PARTICIPAÇÃO NO CBOSM 2023 POR UM VALOR MAIS ACESSÍVEL — Na quarta-feira, 1º de fevereiro, os valores da inscrição no XX Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica serão reajustados. Por isso, aproveite hoje ou amanhã para garantir a sua participação no nosso evento. Ele será no Rio de Janeiro, entre 8 e 10 de junho.

🔸Até amanhã, médicos sócios da Abeso investem apenas 975 reais, enquanto os não sócios pagam 1.560 reais. Os valores subirão para 1.200 reais e 1.950 reais, respectivamente.

🔸Para nutricionistas , psicólogos e outros profissionais de saúde não médicos, mas que são sócios da Abeso, até amanhã a inscrição sai por 600 reais. Já para os não sócios, ela está custando 800 reais. Em fevereiro, esses valores serão, respectivamente, 800 reais e 1 mil reais.

🔸Estudantes graduandos podem participar do congresso, sim! Queremos os estudantes por lá! No caso, o valor da inscrição é de 450 reais para quem se inscrever até amanhã e, depois disso, 600 reais. Para residentes e alunos de pós-graduação stricto sensu (mestrado, doutorado, pós-doc), o investimento na inscrição é esse também e o aumento será idêntico — passará a custar 600 reais em fevereiro.

O link, para facilitar, está nos Stories