Projeto Gattos

A ABESO - Associação Brasileira para o estudo da Obesidade revê recomendação nutricional em voga. Veja publicação a seguir

Comer de três em três horas?

Por muito tempo, recomendou-se comer de 3h em 3h. A hipótese para que se dividisse a alimentação em pequenas refeições frequentes seria que desta forma as concentrações de glicose se manteriam constantes durante o dia, possivelmente levando a um melhor controle do apetite. Porém, estudos recentes vêm demonstrando que não existem grandes diferenças em relação ao consumo alimentar, taxa metabólica de repouso, perda de peso, glicemia de jejum, níveis de colesterol, entre outros quando se comparam dietas com 2-3 refeições ao dia ou dietas com 6 refeições ao dia.

Hoje procuramos focar mais na individualidade. Nem todos sentem fome de 3/3h, nem todos conseguem ficar 6h sem se alimentar. É preciso adequar a dieta a cada indivíduo. Respeitar preferências e aversões alimentares, ajustar à rotina (horários, local das refeições), levando em consideração os objetivos (perda, manutenção ou ganho de peso, prevenção e tratamento de doenças como diabetes, hipercolesterolemia e hipertensão arterial, etc.).

Para uma pessoa que sente fome entre as refeições é importante incluir lanches de acordo com as necessidades dela. E para aquela pessoa que sente fome somente nas refeições principais, também é possível adequar as recomendações em três refeições por dia.

Do departamento de Nutrição da Abeso, Renata Bressan (nutricionista).

Referências:

http://advances.nutrition.org/content/5/6/822.long
http://ajcn.nutrition.org/content/91/5/1342.long
https://goo.gl/xbPkHu
http://www.pnas.org/content/111/47/16647.long

Seja bem vindo!

20 de Julho - Saúde, amigos!!!!

Os círculos sociais impactam diretamente todas as áreas das nossas vidas, inclusive a saúde física e isso é de tal forma expressivo que afeta inclusive, a longevidade. Ter laços fortes de amizade aumenta nossa vida em até 10 anos e previne uma série de doenças. Pessoas com mais de 70 anos têm 22% mais chance de chegar aos 80 se mantiverem relações de amizade fortes e ativas, segundo pesquisadores da Universidade de Duke. De acordo com a neurociência, é possível que isso tenha relação com maior liberação de ocitocina no sangue, que por sua vez estimula a produção de interleucina, que interfere de forma decisiva nos processos imunológicos.
No que se refere à obesidade, é interessante notar que ao contrário do que poderíamos imaginar, comer na companhia de amigos favorece a redução da ingesta, assim como o consumo de gorduras e açúcares, desde que não se faça uso de bebidas alcoólicas. É possível que a estimulação do núcleo estriado ventral, que ocorre quando estamos em companhia de amigos e que partcipa do sistema de gratificação do cérebro esteja envolvida neste processo, fazendo com que nos sintamos satisfeitos pela companhia e necessitemos de menor quantidade de alimentos para o mesmo efeito.
Mas é preciso cuidado!
Nicholas Christakis e James Fowler, pesquisadores da Universidade de Massachusetts perceberam que vários dos principais comportamentos humanos se espalham pelas nossas redes como se fossem vírus, tendo os amigos como transmissores. Por exemplo, quando uma pessoa passa a ser portadora de obesidade seus amigos têm 45% mais risco de engordar. Amigos de amigos também podem ser afetados. Uma pessoa tem até 20% mais probabilidade engordar se um amigo do amigo adquirir esta condição e 10% de risco se isso acontecer com o amigo de um amigo de um amigo.
O mais interessante é que a influência da família, é menor do que a dos amigos, no que se refere ao ganho ponderal: o risco do cônjuge de uma pessoa que se torna portadora de obesidade, seguir o mesmo caminho aumenta somente 37%. Ou seja: os amigos têm mais poder sobre as nossas atitudes do que qualquer outra pessoa!. A boa notícia é que a adoção de hábitos saudáveis também é facilitada por uma boa rede de amigos imbuídos do mesmo propósito.

Então? Que tal dar um maravilhoso presente a si e aos amigos, especialmente hoje?

Conte conosco! Saúde!!!!

Um jovem disse: "Fala-nos da Amizade."
E ele respondeu, dizendo:
"O vosso amigo é a resposta às vossas necessidades.
Ele é vosso campo, que cultivais com amor e colheis com gratidão.
E é o vossa mesa e vossa lareira.
Pois ides até ele com fome e nele procurais a paz.

Quando o vosso amigo expõe sua opinião, não temeis o "não" que está em vossa mente, nem segurais o "sim".
E quando ele está calado o vosso coração não deixa de ouvir o coração dele;
Pois na amizade, todos os pensamentos, todos os desejos, todas as esperanças nascem e são partilhadas sem palavras, em uma alegria não declarada.
Quando vos separais de um amigo não fiqueis aflitos, pois aquilo que mais amais nele ficará mais claro com a sua ausência, tal como a montanha, para quem a escala, é mais nítida vista da planície.
E que não haja outro propósito na amizade que não o aprofundamento do espírito.
Pois o amor que busca outra coisa que não a descoberta de seu próprio mistério não é amor, mas uma rede lançada que só apanha o que não é essencial.

O que há de melhor em vós, que seja para o vosso amigo.
Se ele tem de conhecer a vazante de vossa maré, que conheça também a enchente.
Pois o que seria vosso amigo se apenas o procurásseis para matar o tempo?
Procurai-o sempre com horas para viver.
Pois ele é pra preencher vossa necessidade, não vosso vazio.
E na doçura da amizade que haja o riso, e a partilha de prazeres.
Pois é no orvalho das pequenas coisas que o coração encontra a frescura do seu amanhecer."

Gibran Khalil Gibran em "O profeta"

O estudo relacionado à Pesquisa on line “O que você daria para não ter obesidade?” foi além de registrar comentários sobre as preferências dos participantes, e avaliou atitudes implícitas ou explícitas, conscientes ou inconscientes sobre a obesidade. As pessoas que participaram da pesquisa tomaram conhecimento do website com o questionário ao participar de palestras, lendo artigos na imprensa ou visitando o website do Centro Rudd. Dos que responderam 3% estavam abaixo do peso ideal, 41% estavam no peso normal, 21% estavam acima do peso, 21% eram portadores de obesidade e 14%, de superobesidade.
"Isso deixa bem claro que o preconceito quanto ao peso é amplo e persuasivo", disse a autora do trabalho, Dra. Marlene Schwartz.
Embora os meios de comunicação divulguem fartamente danos provocados pela obesidade à saúde, sabe-se que o principal fator motivacional à busca pelo tratamento desta condição é o descontentamento com a Imagem Corporal capaz supostamente, de inviabilizar ou no mínimo, limitar a vivência do prazer na relação com o próprio corpo, passando este a ser condicionado, “paradoxalmente”, aos mesmos hábitos de vida que deflagraram e em geral, sustentam a própria obesidade. Na verdade, nada há de paradoxal nesta dinâmica, uma vez que em algum momento, decerto, tais hábitos se prestaram a gerar prazer, ou pelo menos, a reduzir da dor.
Então, podemos questionar:
Será mesmo possível ao portador de obesidade experimentar outras formas de prazer que não aquelas que geraram e sustentam a obesidade, como por exemplo, o prazer de comer alimentos capazes de estimular no cérebro a liberação de neurotransmissores “do bem-estar”?
Examinemos algumas citações de um mestre da Psicologia Somática, Alexander Lowen, acerca do Prazer:
“A pessoa está em um estado de prazer quando os movimentos de seu corpo fluem livre, ritmicamente e em harmonia com seu ambiente. (...) O prazer é um fluxo de sentimentos para fora em resposta ao ambiente, sob a forma de reação positiva. Quando a reação é negativa e não há fluxo rítmico de sentimentos, a situação é percebida como dolorosa. Uma vez que a experiência de prazer ou dor é determinada por aquilo que acontece no corpo, qualquer perturbação interna que bloqueie o fluxo de sentimentos fará surgir uma experiência de dor, não importando então, os apelos da situação externa”
“No prazer, a vontade retrocede e o ego se rende, perdendo sua hegemonia sobre o corpo. Ao sentir prazer, permitimos que a sensação domine nosso ser. O fluxo de sentimentos precede à deliberação e à vontade. O prazer não pode ser possuído. É preciso entregar-se a ele, isto é; permitir que ele tome conta do nosso ser (...) Enquanto a reação à dor envolve aumento da autoconsciência, a reação ao prazer causa e exige diminuição da autoconsciência. Para senti-lo é preciso deixar as coisas acontecerem. (...) A pessoa inibida não pode sentir facilmente prazer porque as respostas inconscientes restringem o fluxo de sensações em seu corpo e bloqueiam sua mobilidade corporal natural. Consequentemente, seus movimentos são desajeitados e disrrítimicos” (LOWEN, Alexander. Prazer: Uma Abordagem Criativa da Vida. São Paulo: Grupo Summus Editorial, 1984)
Podemos então pensar a vivência do prazer como a experiência de reconexão com o nosso estado natural de liberdade e não condicionamento, o que está intimamente relacionado às possibilidades de movimento e ao alcance do corpo, tenha este a dimensão que tiver ou mesmo o grau de funcionalidade que tiver.
Como supõe a Dra. Marlene Schwartz, parece que o que mais imobiliza o portador de obesidade é o preconceito e a suas dificuldades de enfrentamento em níveis mais profundos. Inclusive por isso, o Gattos aposta nas experiências em Grupos, onde pessoas diferentes, com histórias de vida e potenciais diferentes podem olhar juntas, apoiando-se mutuamente, para os múltiplos e complexos aspectos do mesmo desafio: O Tratamento da Obesidade.

Chegamos ao Segundo semestre. Momento de rever as nossaas metas, os caminhos que escolhemos, momento de revisitar sonhos, desejos e também os desafios.
O seu sonho inclui um corpo saudável, que você sinta capaz de traduzir a sua essência?
É possível que sim! Mas como?
Inúmeras fórmulas, muitas possibilidades, alguns "cases de sucesso", muitas frustrações.... A saúde, a harmonia e o bem-estar são inerentes à nossa condição de seres vivos vencedores. Se assim não fosse, certamente não estaríamos aqui, como aqui não mais se encontram tantas espécies... Nessa condição privilegiada, fomos colecionando, ao longo de eras, recursos inumeráveis dos quais, na maioria das vezes lançamos mão, tão somente em situações ameaçadoras, quando na verdade estes mesmos recursos estão disponíveis para a realização dos nossos sonhos.
Para muitas pessoas, "um corpo saudável" é um corpo com menos camadas de gordura; um sonho cuja realização pode parecer impossível ou no mínimo dependente de sacrifícios e sofrimentos. Não precisa ser assim! Não deve ser assim, muito pelo contrário! Em primeiro lugar deve estar o prazer. Não a antevisão do prazer relacionado a situações idealizadas, mas à vivência do prazer já; aqui, agora! Ravi Shankar, criador d'A Arte de Viver, diz de forma tão clara quanto desconcertante: "O momento presente é inevitável", o que em termos do corpo significa: é nele, exatamente como está, que se pode vivenciar o prazer hoje. Amanhã tudo pode ser diferente mas para isso, algo precisa se ser feito de forma diferente. Na verdade, algo precisa ser feito na direção do que sempre foi, na direção da expressão, da manifestação da essência, da reconexão com o nosso potencial inato de criação, de saúde, harmonia e bem-estar.

Quarta que vem temos mais um encontro!
E o tema será "Traduzir uma parte na outra parte" - A Dança das Polaridades

Faça sua inscrição, o valor é 1kg de alimento não perecível (71) 98118-6788 e 98243-6445

Projeto Gattos em parceria com a Companhia da Bola (companhiadabola.blogspot.com),no Torneio Interno de Futsal Escola Nossa Infância.
Ações interdisciplinares de Educação em Saúde, envolvendo o esporte, as experiências grupais, a família e a ludicidade, são caminhos prazerosos e eficazes para o tratamento e prevenção da Obesidade em qualquer faixa etária.
A incidência da Obesidade Infantil aumentou 1000% nos últimos 40 anos e o seu controle depende do esforço conjunto para mudanças de hábitos na família, na escola e na sociedade em geral.
O Projeto Gattos aposta no Sucesso dos Times!