Dr. Frederico Lobo - Médico Nutrólogo
Dr. Frederico Lobo - CRMGO 13192-RQE 11915 CRMSC 32949-RQE 22416 Médico Nutrólogo Goiânia/Joinville
Postagens sobre medicina/nutrição baseada em evidências. #SemTerrorismoNutricional #SemAchismos
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Sobrepeso e obesidade: o nutrólogo pode me auxiliar? Nutrólogo Joinville
Muitos medicamentos essenciais podem ter o efeito colateral indesejado de ganho de peso. Conheça alguns dos mais comuns e como eles atuam:
1. Antidepressivos Tricíclicos (Amitriptilina, Nortriptilina)
• Indicação: Tratamento da depressão e ansiedade.
• Mecanismo: Podem aumentar o apetite e alterar o metabolismo, resultando em maior armazenamento de gordura.
2. Antipsicóticos (Olanzapina, Risperidona)
• Indicação: Tratamento de transtornos psicóticos como esquizofrenia e transtorno bipolar.
• Mecanismo: Afetam receptores de serotonina e dopamina no cérebro, o que pode aumentar o apetite e reduzir a saciedade.
3. Betabloqueadores (Metoprolol, Atenolol)
• Indicação: Tratamento de hipertensão, angina e arritmias cardíacas.
• Mecanismo: Podem diminuir a taxa metabólica basal e reduzir a capacidade de queima de calorias durante o exercício.
4. Corticosteroides (Prednisona, Hidrocortisona, dexametasona etc)
• Indicação: Tratamento de doenças inflamatórias, autoimunes e alérgicas
• Mecanismo: Aumentam o apetite e promovem a retenção de líquidos, além de alterar a distribuição de gordura no corpo.
5. Antiepilépticos (Valproato, Gabapentina)
• Indicação: Controle de convulsões e tratamento de algumas condições psiquiátricas.
• Mecanismo: Podem aumentar o apetite e alterar o metabolismo, contribuindo para o ganho de peso.
Sempre consulte seu médico sobre os efeitos colaterais dos medicamentos que você utiliza. Sua saúde e bem-estar são prioridades! 🌟
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A importância da rotina Dr. Frederico Lobo (CRM-GO 13192) - Médico - Goiânia - Goiás
É bem conhecido que diversas medicações podem estar associadas a ganho de peso e entre elas estão alguns (mas não todos) antidepressivos, alguns com efeitos bem pronunciados, como a paroxetina, a mirtazapina, a amitriptilina, entre outros.
👉Acredita-se que em algumas pessoas, essas medicações aumentam o apetite, mas existe uma dúvida se essa é a única razão, ou poderia ter outros mecanismos q explicassem não só o ganho de peso mas também piora de perfil metabólico que se vê com elas.
👉Um estudo recém publicado joga uma luz sobre o assunto, ao demonstrar que uma maior disponibilidade de serotonina no organismo poderia inibir o nosso tecido adiposo marrom (TAM), e assim evitar que ele produza calor a partir de energia. Existem ainda muitas dúvidas sobre o quanto o TAM seria capaz de queimar energia por dia, mas mesmo não sendo muito, esse efeito, a longo prazo poderia ser significativo para proteger contra o ganho de peso.
👉Assim, o estudo mostrou que o TAM humano possui expressão de uma proteína transportadora que inibe o efeito da serotonina; ao aumentar a expressão dessa proteína, houve mais termogênese!
👉Os autores também fizeram uma analise mostrando que indivíduos que usam antidepressivos q aumentam a disponibilidade de serotonina tinham menos ativação de TAM em exames de PET, e em um estudo com a sertralina, um antidepressivo muito usado (mas q não é associado a ganho de peso expressivo curiosamente), também foi visto redução desse TAM.
👉O estudo é bem completo, mas abre caminho para entendermos o efeito de algumas medicações no risco de ganho de peso, e mais uma vez demonstra como a obesidade é uma doença multifatorial!
Ref: Suchaki. The serotonin transporter sustains human brown adipose tissue thermogenesis. Nat Metab 2023
Eventualmente, recebo pacientes que passaram com outros profissionais em que foi sugerido “protocolos” com o uso da semaglutida, medicação análoga de GLP1 aprovada para diabetes e obesidade no Brasil, com uso diário com “contagem de cliques” (embora a medicação seja aprovada para uso 1x/semana, devido a sua longa meia vida).
👉Assim, devemos deixar claro que não há vantagens dessa prática, por algumas razões e as razões para uso se baseiam em interpretações erradas do estudo fase 2, onde de fato, houve uso diário, apenas como uma forma de se decidir qual seria a dose a ser usada a longo prazo, semanalmente.
👉Em primeiro lugar, uma das grandes facilidades da semaglutida é exatamente sua farmacocinética, que reduz em 7x a necessidade de aplicações subcutâneas, e assim melhora a adesão ao tratamento, principalmente no longo prazo.
👉Mas há uma outra razão: o bolso! A medicação já é extremamente cara e inacessível para a maioria. Embora alguns pensem que uma dose diária equivalente a uma dose semanal seria apenas dividir por 7, a farmacocinética e farmacodinâmica das medicações não funciona assim. Desta forma, foi publicado um artigo que demonstra que a eficácia da semaglutida pode ser bem predita pelos níveis séricos circulantes da medicação no corpo das pessoas. Assim, níveis maiores significam mais efeito. Esse mesmo estudo compilou dados de estudos fase 2 e fase 3 e fez um gráfico de exposição à medicação: na dose de 2,4mg/semana, os níveis variaram entre 50-100nmol/L. O uso de semaglutida 0,4mg/d, que após 1 semana, teria usado 2,8mg levou a uma exposição parecida, ou ligeiramente menor, ao se analisar o gráfico. Assim, vê-se que para o uso diário, há um gasto maior para o mesmo efeito!
👉Vejo que esses “protocolos” nada mais são como uma estratégia de marketing, para dizer que tem formas mais eficazes de atingir resultados. Não caia nessa! Gasta-se fortunas com estudos clínicos para se analisar a melhor forma de se administrar medicações, com mais eficácia e menos colaterais; alguém que acha que tem uma “fórmula secreta” é totalmente descabido!
Ref: Strathe. A model-based approach to predict individual WL with semaglutide. Diab Obes Metab 2023
1. TOMAR A LEVOTIROXINA PERTO DAS REFEIÇÕES
A presença de alimentos no trato gastrointestinal reduz a absorçao da levotiroxina, por isso, a minha orientação é que você tome a medição em jejum e aguarde cerca de 30 minutos para comer.
2. TOMAR A LEVOTIROXINA COM OUTROS REMÉDIOS
A administração concomitante com outros medicamentos também pode atrapalhar a absorçao da levotiroxina, então é importante ingeri-la isoladamente.
3. ESQUECER DE TOMAR A MEDICAÇÃO
O uso inadequado da medicaçao promove oscilaçoes na concentraçoes hormonais levando aos descontrole do hipotiroidismo.
4. TER DOENÇAS GASTROINTESTINAIS QUE ATRAPALHAM A ABSORÇÃO DA LEVOTIROXINA
Doenças como gastrite por H. Pilory, gastrite atrófica, dentre outras podem levar à dificuldade da absorçao da levotiroxina, ocasionando descontrole hormonal.
Frequentemente amigos, colegas de profissão, seguidores e até familiares questionam: Preciso emagrecer, quem eu devo procurar primeiro? Nutrólogo ou Nutricionista? Por ser uma pergunta rotineira resolvi responder na forma de texto, assim facilito para todos e exponho a minha opinião.
Primeiramente devemos entender a diferença entre o Nutrólogo e Nutricionista. A compreensão da diferença já responde parte da pergunta, pois o âmbito de atuação é diferente, o tipo de diagnóstico é diferente e a abordagem terapêutica é diferente.
O Nutrólogo é o médico que se especializou em Transtornos relacionados a Alimentação. Ou seja, doenças nutricionais, doenças que sofrem influência da alimentação. Precisou cursar 6 anos de Medicina, depois fazer residência de clínica médica ou cirúrgica por 2 anos e posteriormente 2 anos de residência de Nutrologia. Totalizando, no mínimo 10 anos de estudo. 6 de graduação e 4 de especialização. Pode ser que esse médico tenha feito a graduação em Medicina, posteriormente fez uma pós-graduação em Nutrologia e comprovado o tempo de atuação na área, recebeu o aval para prestar a prova de título (geralmente 8 anos de formado, sendo 4 anos de atuação em Clínica Médica ou cirúrgica e 4 de atuação em Nutrologia). Uma vez aprovado na prova de título, ele pode se intitular Nutrólogo e tirar no conselho um número chamado Registro de Qualificação de Especialista (RQE), referente à Nutrologia.
O foco do médico é no diagnóstico da situação (sinais/sintomas) relatada pelo paciente, escolha do tipo de tratamento (Clínico/cirúrgico), melhora do prognóstico, reabilitação e prevenção. Uma abordagem bem ampla. Mas gravem esse termo: "Diagnóstico".
Na parte de tratamento, o nutrólogo pode prescrever nutrientes (alimentos, macronutrientes, vitaminas, minerais, fibras), pela via oral, enteral e se necessário por via parenteral (endovenosa ou intramuscular), além de medicamentos.
Pode prescrever dieta? Sim, de acordo com o Conselho Federal de Medicina sim, de acordo com o Conselho Federal de Nutrição não. Isso é um tema polêmico e espinhoso, o qual já escrevi aqui.
E o Nutricionista?
De acordo com o Conselho Federal de Nutrição (CFN), a Nutrição é definida como o conjunto de competências específicas resultante do aprofundamento da Ciência da Nutrição (Ciências Nutricionais) na dimensão biopsicossocial do indivíduo e da coletividade, que caracteriza o núcleo de exercício profissional de nutricionista em caráter não generalista. A nutrição consiste em uma ciência da saúde que estuda:
1) Os alimentos,
2) Os nutrientes presentes nos alimentos,
3) A ação dos alimentos na nossa saúde (o que o alimento faz com o nosso corpo),
4) O que o nosso corpo faz com os alimentos,
5) Interação entre nosso corpo e os nutrientes, bem como interação entre os alimentos,
6) Os processos pelos quais o organismo ingere, absorve, transporta, utiliza e elimina os nutrientes.
Muitos querem atuar na Nutrição no Brasil e ter a prerrogativa de prescrever um plano alimentar e/ou suplementos. Mas poucos querem sentar em uma cadeira de faculdade e estudar ao longo de no mínimo 4 anos, posteriormente fazer residência e/ou pós-graduações, mestrado, doutorado. Para se tornar Nutricionista, o indivíduo deve cursar uma faculdade (graduação) em Nutrição. No Brasil, o curso de graduação em Nutrição tem uma duração média de 4 anos, em período integral (nas Universidades Federais). Durante esse período, os futuros nutricionistas adquirem conhecimentos teóricos e práticos relacionados à ciência da nutrição, dietética, saúde, alimentação e outras áreas afins. O currículo inclui aulas teóricas, práticas em laboratórios, estágios e atividades complementares. Estudará matérias comuns ao ciclo básico da área da saúde (Anatomia, Histologia, Fisiologia, Bioquímica), posteriormente disciplinas do ciclo clínico.
É importante ressaltar que a duração do curso pode variar em algumas instituições de ensino, podendo ser um pouco mais curto (4 anos) ou mais longo (5 anos) dependendo da grade curricular específica adotada pela universidade. Após terminar a graduação, o Nutricionista pode fazer residência multiprofissional em diversas áreas, dentre as reconhecidas pelo CFN como especialidades da Nutrição.
I. Educação Alimentar e Nutricional
II. Gestão de Políticas Públicas e Programas em Alimentação e Nutrição;
III. Nutrição Clínica;
IV. Nutrição Clínica em Cardiologia;
V. Nutrição Clínica em Cuidados Paliativos;
VI. Nutrição Clínica em Endocrinologia e Metabologia;
VII. Nutrição Clínica em Gastroenterologia;
VIII. Nutrição Clínica em Gerontologia;
IX. Nutrição Clínica em Nefrologia;
X. Nutrição Clínica em Oncologia;
XI. Nutrição Clínica em Terapia Intensiva;
XII. Nutrição de Precisão;
XIII. Nutrição e Alimentos funcionais;
XIV. Nutrição e Fitoterapia;
XV. Nutrição em Alimentação Coletiva;
XVI. Nutrição em Alimentação Coletiva Hospitalar;
XVII. Nutrição em Alimentação Escolar;
XVIII. Nutrição em Atenção Primária e Saúde da Família e Comunidade;
XIX. Nutrição em Esportes e Exercício Físico;
XX. Nutrição em Estética;
XXI. Nutrição em Marketing;
XXII. Nutrição em Saúde Coletiva;
XXIII. Nutrição em Saúde da Mulher;
XXIV. Nutrição em Saúde de Povos e Comunidades Tradicionais;
XXV. Nutrição em Saúde Indígena;
XXVI. Nutrição em Saúde Mental;
XXVII. Nutrição em Transtornos Alimentares;
XXVIII. Nutrição em Vegetarianismo e Veganismo;
XXIX. Nutrição Materno-Infantil;
# # #. Nutrição na Produção de Refeições Comerciais;
# # . Nutrição na Produção e Tecnologia de Alimentos e Bebidas;
# # . Qualidade e Segurança dos Alimentos;
# # . Segurança Alimentar e Nutricional; e
# # . Terapia de Nutrição Parenteral e Enteral.
O nutricionista também pode fazer pós-graduação em alguma dessas áreas e posteriormente fazer a prova de título de especialista pela Associação Brasileira dos Nutricionistas (ASBRAN). Atuar em qualquer uma dessas áreas, já que diferente do CFM, o CFN não obriga que a pessoa tenha título de especialista para atuar.
Agora que entendemos a diferença entre o Nutricionista e o Nutrólogo, esmiuçarei a resposta para a pergunta: Qual devo procurar.
O Nutrólogo ele é responsável pelo diagnóstico nosológico, ou seja, diagnóstico da Doença. O Nutricionista dá o diagnóstico Nutricional, ou seja, ele não pode dar diagnóstico de doença de acordo com o Conselho Federal de Nutrição. O Diagnóstico de doença é uma prerrogativa médica. Mas por que? Pelo simples fato de que para se diagnosticar é preciso entender de inúmeras disciplinar que os Nutricionistas não possuem durante a graduação. Exemplo:
1) Exames laboratoriais mais complexos
2) Holter, MAPA, Teste ergométrico, Cintilografia, Densitometria óssea, Ultrassonografia, Ressonância magnética, Raio X, Polissonografia e outras dezenas de exames.
Ora, se o paciente apresenta um sintoma ou sinal, este deve ser investigado a fim de que se faça um DIAGNÓSTICO correto. Quem faz essa investigação? O Médico. No caso de doenças nutricionais, o Nutrólogo.
O primeiro passo é dar o diagnóstico, então o primeiro passo é passar pelo médico.
- Mas Dr. Frederico eu já fui ao médico e ele diagnosticou, não posso ir direto ao Nutricionista?
Sim, você é livre, tem o direito constitucional de ir e vir. Ir ao nutricionista está dentro do seus direitos.
Ele fará uma anamnese, exame físico, as vezes solicitação alguns exames adicionais e instituirá um tratamento. Tratamento este que pode ser apenas com um plano dietético, mas que também pode incluir prescrição de suplementos alimentares, vitaminas, minerais, fibras, probióticos e até mesmo fitoterápicos. Aqui cabe um adendo, a prescrição feita por nutricionistas tem limites. Ou seja, doses mais elevadas de nutrientes (Ex. Doses altas de ferro, B12, Zinco, etç) exigem prescrição médica. Alguns fitoterápicos são de prescrição exclusiva de médicos:
Actaea racemosa L (Cimicífuga);
Ginkgo biloba L. (Ginkgo)
Hypericum perforatum L. (Hipérico)
Piper methysticum G. Forst. (Kava-kava)
Valeriana officinalis L. (Valeriana)
Ou seja, esses o nutricionista não pode prescrever. Além disso, diferente do médico nutrólogo, medicamentos alopáticos de nenhum tipo o nutricionista pode prescrever. Em relação à via: só pode prescrever por via oral ou enteral (sonda). A prescrição via parenteral é exclusiva de médicos. Ou seja, nutricionista não pode prescrever nada endovenoso ou intramuscular.
- Mas Dr. Frederico eu já sei que estou acima do peso, já sei o meu IMC, sei que estou com quadro de obesidade grau II, não posso ir diretamente ao nutricionista?
Sim, lembra da constituição? Do seu direito de ir e vir? Sim, pode ir, mas não é o que recomendo e abaixo te explicarei os motivos.
A obesidade é uma DOENÇA, incurável, crônica, com várias etiologias (multifatorial), vários fatores agravantes, com forte componente genético e que necessita de intervenção multidisciplinar. Se você focar somente no percentual de gordura corporal, deixará passar várias doenças que somente o médico é capaz de diagnosticar. Exemplo: Síndrome de Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS). Durante a consulta com o Nutrólogo, ele medirá a sua circunferência do pescoço, ele aplicará questionários que podem indicar privação de sono, avaliará exames que podem indicar que você esteja fazendo apnéia (ficando sem respirar), como por exemplo o MAPA ou HOLTER. E muitas vezes, se essa apnéia não for tratada, você terá muito mais dificuldade para perder gordura. Sentirá cansaço crônico pela privação de sono promovida pelos vários microdespertares no período do sono. A Apnéia associada a privação promoverá um aumento de substâncias como a Grelina, que promove aumento do apetite e predileção por carboidratos e gorduras. Se for homem, promoverá redução dos níveis de testosterona. Se existir resistência insulínica (o que provavelmente existe) terá maiores níveis de insulina e de glicemia.
Entende a complexidade?
Além disso, temos que ser realistas quando se trata de obesidade (doença). A maioria dos pacientes não conseguirão perder peso e SUSTENTAR essa perda de peso apenas com mudança de estilo de vida (dieta e atividade física). Isso quem afirma não sou eu e sim inúmeros estudos. Cerca de 90% dos pacientes não conseguirão, 10% consegue e sustenta a perda de peso após 5 anos. 5% sustenta após 10 anos. Ou seja, altíssima taxa de falha, péssimo prognóstico. Quanto mais precoce a intervenção melhores os desfechos. Resumindo, na maioria das vezes o tratamento medicamentoso ou até cirúrgico se faz necessário. Reflita sobre quantas pessoas portadoras de obesidade você conheceu ao longo de toda a sua vida. Quantas conseguiram perder peso somente com dieta e atividade física e conseguiram sustentar essa perda de peso por 5, 10 ou mais anos? Estou a frente de um ambulatório de Nutrologia no SUS, mais de 8 mil pacientes atendidos e ao longo de quase 10 anos, afirmo categoricamente que é uma situação delicada, com altas taxas de falha, abandono do tratamento e desesperança, mesmo com profissionais capacitados. No consultório a situação não é diferente, mesmo os pacientes tendo melhores condições financeiras e disponibilidade de acesso a abordagem mais modernas (Fármacos de custo elevado, personal trainer, nutricionista, psicoterapia).
Então, se eu pudesse te dar uma dica seria: Quer emagrecer? Procure um Médico, especialista na área (com RQE de Nutrlogia). Você merece um olhar amplo, uma abordagem mais ampla. O bom nutrólogo não exclui o Nutricionista do tratamento, muito menos o profissional da Educação física e principalmente o Psicólogo. Ele tem discernimento que a obesidade é uma Doença Crônica, incurável, com forte componente genético, multifatorial, de difícil tratamento e que os melhores resultados são alcançados através de uma intervenção multidisciplinar.
- OK, eu irei ao médico, mas precisa ser mesmo o Nutrólogo? Não pode ser um Endócrino?
Isso é tema para um outro post.
Autor: Dr. Frederico Lobo - Médico Nutrólogo - CRM-GO 13192 - RQE 11915 / CRM-SC 32949 - RQE 22416
No Congresso Brasileiro de Obesidade da Abeso tive a oportunidade de falar sobre os cuidados que devemos ter ao abordar sobre obesidade nas redes sociais.
👉Em primeiro lugar, má prática em obesidade é comum há décadas, apenas migrou para as redes, mas há muitas informações erradas, e as fake news em saúde proliferam e fazem sucesso (há 70% mais chances de uma notícia falsa viralizar que uma verdadeira, segundo estudo da Science).
👉Mas as dificuldades são ainda maiores pois o estigma da obesidade é muito prevalente: um estudo apresentado no Congresso Europeu de Obesidade mostrou que 73% das menções à obesidade no Twitter (e não deve ser diferente em outra redes) tinha um sentimento negativo, ou seja, tendiam a ter uma visão ruim sobre a pessoa com obesidade (com vários comentários desdenhosos) ou desvalorizar tratamentos dizendo que ele é simples, a base de “coma menos e se exercite mais”, e qualquer outra forma de busca de tratamento é desnecessária e um “caminho fácil” (Correia, PO2.126, não publicado ainda)
👉Para pessoas com obesidade que sofrem preconceito, mensagens assim, além de errôneas, tendem a piorar o sentimento interno, e afastar essas pessoas de buscarem tratamento.
👉Assim, quem quer falar sobre o assunto nas redes deve tomar cuidado para não passar mensagens estigmatizadoras (e meras fotos podem ser). Devemos evitar usar “obesos” e priorizar “pessoa com obesidade”, pois a doença não deve nos definir (e sim, sermos portadoras dela). Devemos também cuidar para não semear pânico, com manchetes catastróficas sobre os riscos da obesidade, e sim, tentar ao máximo puxar para os benefícios de buscar tratamentos.
👉Ao mesmo tempo, pelo total desconhecimento da real fisiologia do controle energético e de vários aspectos da obesidade, é totalmente possível ter um conteúdo relevante, com informações de qualidade e não ter que apelar para notícias sensacionalistas ou falsas!
👉Percebo q há muita gente interessada em fornecer conteúdo de qualidade por aqui, e de fato, devemos fazer nosso trabalho de formiguinha, para q o preconceito com a obesidade e seu tratamento diminuam e mais pessoas possam buscar ajuda, melhorando saúde e qualidade de vida!
https://www.ecologiamedica.net/2023/06/todas-as-fibras-sao-prebioticas-aprenda.html
Todas as fibras são prebióticas? Aprenda a diferenciar Dr. Frederico Lobo (CRM-GO 13192) - Médico - Goiânia - Goiás
https://www.ecologiamedica.net/2023/06/por-que-sigo-dieta-e-nao-emagreco.html
Por que "sigo" a dieta e não emagreço? Dr. Frederico Lobo (CRM-GO 13192) - Médico - Goiânia - Goiás
https://www.ecologiamedica.net/2023/03/romantizar-nao-acolher-sim-por-rodrigo.html
Romantizar não, acolher sim - Por Rodrigo Lamonier (Nutricionista da Clínica Medicare) Dr. Frederico Lobo (CRM-GO 13192) - Médico - Goiânia - Goiás
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Os argumentos de quem condena a resolução do CFM que proíbe a prescrição de anabolizantes para fins estéticos Dr. Frederico Lobo (CRM-GO 13192) - Médico - Goiânia - Goiás
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Dignidade menstrual Dr. Frederico Lobo (CRM-GO 13192) - Médico - Goiânia - Goiás
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