Dr. Carlos Drummond

A endoscopia da coluna cervical emergiu como uma alternativa promissora no tratamento de hérnias discais e artroses na região cervical, oferecendo uma abordagem minimamente invasiva que evita a necessidade de artrodese. Enquanto a artrodese, também conhecida como fusão vertebral, tem sido tradicionalmente usada para tratar essas condições, a endoscopia oferece uma solução menos invasiva, preservando a mobilidade e a estrutura natural da coluna cervical.

Hérnias discais e artroses da coluna cervical são condições debilitantes que podem causar dor intensa, limitações de movimento e comprometimento da qualidade de vida. Até recentemente, a artrodese era frequentemente considerada a opção padrão de tratamento, envolvendo a fusão de vértebras adjacentes para aliviar a dor. No entanto, essa abordagem pode resultar na perda de mobilidade e aumento do estresse nas vértebras vizinhas, potencialmente levando a problemas futuros.

A endoscopia da coluna cervical oferece uma solução inovadora ao combinar avanços tecnológicos, imagens de alta definição e instrumentos especializados. Durante o procedimento, um pequeno endoscópio é inserido através de uma incisão mínima, permitindo que os cirurgiões visualizem diretamente a área afetada. Isso possibilita a remoção precisa da porção herniada do disco intervertebral e a descompressão dos nervos, aliviando a pressão e a dor associadas à hérnia.

Além disso, a endoscopia da coluna cervical também pode ser usada para tratar artroses, uma condição na qual as articulações da coluna cervical degeneram e causam dor e rigidez. O cirurgião pode remover o tecido inflamado ou danificado, aliviando os sintomas e restaurando a função da articulação, tudo isso sem a necessidade de fusão vertebral.

Uma das vantagens notáveis da endoscopia da coluna cervical é a preservação da mobilidade da coluna. Ao contrário da artrodese, que limita a capacidade de movimento, a endoscopia permite que os pacientes mantenham uma maior amplitude de movimento em sua coluna cervical. Isso é crucial para a qualidade de vida a longo prazo, especialmente em atividades diárias e de trabalho. Dúvidas? Deixe nos comentários.

Trigger points, ou pontos gatilhos, são áreas hiperirritáveis nos músculos que podem causar dor localizada e, em alguns casos, irradiar para outras partes do corpo. Esses pontos sensíveis podem se desenvolver devido a uma série de fatores, incluindo lesões, tensão muscular crônica, movimentos repetitivos ou estresse. Eles podem ser palpáveis como pequenos nódulos ou nós que são sensíveis ao toque.

A dor advinda desses pontos quando localizado nas costas é chamada de DOR MIOFASCIAL, e é muitas vezes descrita como uma dor profunda, latejante ou aguda. Essa dor pode ser localizada diretamente no ponto gatilho ou irradiar para outras áreas, seguindo padrões específicos conhecidos como "padrões de dor referida". Esses padrões de dor referida podem ser confundidos com dores que se originam em outras áreas, como na coluna. A diferenciação entre a dor dos trigger points e a dor na coluna pode ser complexa, pois os sintomas podem se sobrepor. No entanto, alguns pontos-chave a serem considerados incluem:

*Localização da dor: A dor advinda de trigger points tende a ser mais localizada, muitas vezes focada em um ponto específico no músculo.
*Padrões de dor referida: Trigger points têm padrões específicos de dor referida, o que significa que a dor pode se manifestar em áreas distantes do ponto gatilho. Identificar esses padrões pode ajudar a distinguir a fonte da dor.
*Sensibilidade ao toque:Trigger points são geralmente sensíveis ao toque. Pressionar esses pontos pode causar desconforto ou dor intensa.
*Resposta a estímulos: A aplicação de pressão ou a realização de determinados movimentos pode desencadear ou aumentar a dor em trigger points. Isso pode ser um indicativo importante para diferenciar a fonte da dor.

A terapia por ondas de choque FOCAIS PIEZOWAVE®️ é um método terapêutico moderno para o tratamento de diversas inflamações e dores, incluindo os pontos gatilhos. Essa terapia POSSIBILITA A CHEGADA DE CÉLULAS TRONCO NA REGIÃO, promovendo a NEOANGIOGÊNESE (formações de pequenos novas artérias e veias) recuperando o tecido lesionado e a fibrose e aliviando a tensão muscular, MELHORANDO A ELASTICIDADE DO TECIDO. Isso significa reduzir as dores através de ação anti-inflamatória e uma recuperação eficiente.

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A Laminectomia Endoscópica Descompressiva é frequentemente recomendada para pacientes que sofrem de hérnia de disco, estenose espinhal (estreitamento do canal vertebral), espondilolistese (escorregamento de vértebra) e outras condições que causam compressão do nervo ou da medula espinhal.

Durante a cirurgia, é utilizado um endoscópio, uma pequena câmera inserida através de uma incisão mínima na pele. Esse instrumento permite que o cirurgião visualize a região afetada da coluna com alta precisão. O tecido ósseo ou discal que está comprimindo os nervos é cuidadosamente removido, aliviando a pressão e reduzindo a dor.

A cirurgia geralmente leva de 1 a 2 horas para ser concluída, dependendo da complexidade do caso. Quanto à anestesia, pode ser realizada sob anestesia geral ou, em alguns casos selecionados, com anestesia local e sedação.

A vantagem dessa técnica é que ela oferece alívio da dor e sintomas neurológicos associados, com uma abordagem menos invasiva. Os pacientes podem experimentar uma melhora significativa na qualidade de vida após o procedimento, retornando mais rapidamente às atividades diárias.

O período de recuperação varia de paciente para paciente, mas muitos podem retomar as atividades leves em algumas semanas após a cirurgia. O acompanhamento regular com o neurocirurgião é essencial para monitorar o progresso e garantir uma recuperação bem-sucedida. Dúvidas? Deixe nos comentários.

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Como já dito por aqui anteriormente, a OSTEOPOROSE- patologia corriqueira em pacientes idosos- é uma condição que enfraquece os ossos e os torna mais propensos a quebrar. Com o avanço da idade, a estrutura dos ossos muda e isso os deixa mais frágeis, tornando eventuais quedas e impactos dignos de maior atenção.

As fraturas vertebrais por osteoporose podem se apresentar acompanhadas de dor, mas muitas vezes também passam despercebidas, levando a consequências físicas, psicológicas e sociais que afetam diretamente a qualidade de vida do idoso.

A vertebroplastia percutânea é um procedimento minimamente invasivo que utilizamos em casos de fraturas osteoporóticas. Ele consiste na injeção de cimento ósseo (polimetilmetacrilato) no corpo vertebral comprimido.

Essa injeção é feita e guiada por radioscopia, buscando alívio da dor e estabilização do corpo vertebral fraturado. Quando realizada por profissional bem treinado, trata-se de uma técnica rápida e segura, proporcionando o alívio da dor em 75% a 85% dos pacientes. Dúvidas? Deixe nos comentários.

A artrodese é um procedimento cirúrgico que visa unir duas ou mais vértebras, proporcionando estabilidade e alívio de sintomas. Aqui estão algumas das principais técnicas utilizadas:

1️⃣ Parafusos pediculares: Essa técnica envolve a inserção de parafusos especiais nos pedículos das vértebras. Os parafusos são conectados por hastes metálicas, criando uma estrutura sólida para a fusão óssea.

2️⃣ Placas e parafusos: Nesse método, placas metálicas são fixadas na superfície posterior da coluna, cobrindo as vértebras a serem fundidas. Os parafusos são inseridos nas vértebras adjacentes à área de fusão, proporcionando estabilidade adicional.

3️⃣ Cage intervertebral: Os cages intervertebrais são dispositivos implantados entre as vértebras, substituindo o disco intervertebral danificado. Eles ajudam a manter o espaço discal adequado e promovem a fusão entre as vértebras.

4️⃣ Parafusos transpediculares: Nessa técnica, os parafusos são inseridos de forma oblíqua, navegando no corpo vertebral e fixando-se no mesmo. Isso permite uma estabilização robusta e é frequentemente usado em casos de deformidades complexas da coluna.

É importante ressaltar que a escolha da técnica de fixação e estabilização da coluna depende de vários fatores, incluindo a localização e extensão da lesão, a saúde do paciente e a experiência do cirurgião. Cada caso é único e deve ser avaliado individualmente. Como sempre, a decisão de realizar uma artrodese vertebral deve ser baseada em uma cuidadosa avaliação médica e discussão dos benefícios e riscos envolvidos.

Como neurocirurgião especialista em coluna, estou à disposição para fornecer mais informações e orientações sobre as opções de tratamento disponíveis. Agende uma consulta para uma avaliação personalizada.

A XLIF é uma abordagem minimamente invasiva que oferece benefícios significativos aos pacientes com certas condições da coluna. É comumente recomendada para pacientes que sofrem de hérnia de disco, espondilolistese, estenose espinhal ou degeneração do disco lombar. Essas condições podem causar dor crônica, comprometendo a qualidade de vida dos pacientes. A XLIF também pode ser aplicada em casos de deformidades da coluna vertebral, como a escoliose degenerativa ou cifose.

Essa é uma abordagem minimamente invasiva, realizada pela via lateral. Durante a cirurgia, o acesso é feito através de pequenas incisões na lateral do corpo, evitando a necessidade de grandes cortes ou danos aos músculos das costas. Isso resulta em menor trauma para os tecidos circundantes, redução da dor pós-operatória e uma recuperação mais rápida para os pacientes.

A principal diferença entre a XLIF e a técnica tradicional de fusão da coluna é o acesso. Enquanto a técnica tradicional requer incisões maiores na parte de trás, a XLIF utiliza uma abordagem lateral, preservando os músculos e estruturas posteriores. Além disso, a XLIF permite a colocação de implantes intervertebrais para promover a fusão óssea e restaurar a estabilidade da coluna, sem a necessidade de abordagens posteriores adicionais.

Lembre-se: toda cirurgia envolve riscos e a indicação para cada caso variará de acordo com a individualidade paciente. A decisão de realizar qualquer tipo de cirurgia deve ser tomada em conjunto com um neurocirurgião de coluna qualificado. Dúvidas? Deixe abaixo.

Os bloqueios e infiltrações na coluna são procedimentos minimamente invasivos que visam proporcionar alívio da dor e, em alguns casos, tratamento eficaz para diversas condições que afetam a coluna vertebral. Cada tipo de bloqueio e infiltração tem um objetivo específico, indicações particulares e pode ser complementado com medicamentos adequados. Confira abaixo os principais:

*BLOQUEIO DIAGNÓSTICO - como o próprio nome diz, é utilizado para fins diagnósticos;

*BLOQUEIO TERAPÊUTICO - estes bloqueios são sempre realizados com técnicas de imagem.Podemos usar várias substâncias com objetivos terapêuticos, dependendo da avaliação clínica e do objetivo do tratamento. Podem ser usados: anestésico local, Ácido Hialurônico, anti-inflamatório, Plasma Rico em Plaquetas (PRP), Aspirado e Concentrado da Medula Óssea (BMAC), entre outros.

*BLOQUEIO DE RAMO MEDIAL: Realizado para bloquear os nervos responsáveis pela transmissão da dor proveniente das articulações facetárias. O procedimento envolve a aplicação de anestésicos locais nos ramos mediais dos nervos espinhais, proporcionando alívio efetivo para a dor.

*BLOQUEIO PERIDURAL COM CORTICÓIDE - consiste na injeção de anestésico local, associado a medicação anti-inflamatória no espaço peridural, que se encontra em contato com a parte posterior do disco intervertebral.

*BLOQUEIOS FACETÁRIOS- a articulação facetaria pode sofrer processo inflamatório e degenerativo causando dor e desconforto, e o bloqueio diagnóstico é essencial para sua confirmação. Utilizamos anestésico local nas articulações suspeitas e confirmamos sua participação no quadro doloroso. Pode ser feito com anti-inflamatórios, ácido hialurônico, medicina regenerativa e radiofrequência, dependendo do caso a ser tratado.

*BLOQUEIO DA ARTICULAÇÃO SACROILÍACA - A articulação sacroilíaca é uma grande articulação localizada ente sacro e o ilíaco (osso da bacia), sendo responsável pela ligação da parte inferior da coluna vertebral com a pelve. O bloqueio teste é realizado colocando anestésico local na articulação suspeita, confirmando assim o diagnóstico. Podem ser usadas infiltrações articulares com anestésicos, anti-inflamatórios, ácido hialurônico e em alguns casos a denervação desta articulação.

*BLOQUEIO DO GÂNGLIO ÍMPAR: Indicado para casos de dor crônica na região sacrococcígea. Nesse procedimento, o anestésico é injetado no gânglio impar, localizado na parte anterior do cóccix, bloqueando os sinais de dor provenientes dessa região.

Consulte um médico especialista em coluna para mais detalhes. Dúvidas? Deixe nos comentários! 👇

Você sabia que existem diferentes abordagens cirúrgicas para tratar problemas na coluna vertebral? Hoje, vamos falar sobre uma delas: a artrodese ALIF.

A artrodese ALIF (Anterior Lumbar Interbody Fusion) é uma técnica de artrodese que pode ser ultimada em alguns casos para o tratamento das condições da coluna lombar. Ao compará-la com a artrodese convencional, encontramos alguns pontos de distinção. Essa técnica pode ser feita através de uma incisão de cesariana para abordar as primeiras vértebras lombares (exemplo: L5-S1 e L4-L5).

Primeiro, a artrodese ALIF permite que eu acesse a coluna lombar através de uma incisão na parte frontal, eliminando a necessidade de abordagens mais invasivas pela parte de trás. Menos trauma aos tecidos circundantes significa uma recuperação potencialmente mais rápida e menos dor pós-operatória.

Além disso, a artrodese ALIF permite uma maior área de fusão óssea, proporcionando uma estabilidade adicional à coluna vertebral. Isso é particularmente benéfico em casos de degeneração discal, espondilolistese ou hérnia de disco.

As indicações para a artrodese ALIF são amplas, abrangendo desde doenças degenerativas até correções de deformidades. É importante lembrar que cada caso é único, e a decisão sobre a abordagem cirúrgica é feita após uma análise cuidadosa do quadro clínico de cada paciente.

Os riscos associados ao procedimento ALIF incluem lesões de estruturas que se encontram no abdome, principalmente vasos. Daqui a Importância de ter um cirurgião de acesso para tal procedimento. Em nossas cirurgias da Alif trabalhamos com os cirurgiões vasculares.