Dr. Carlos Vidal

Pacientes com câncer também devem aproveitar as comemorações de fim de ano. Por conta do tratamento, pode ser que surja algum tipo de indisposição ou inapetência aos alimentos preparados durante esse período. Mas, com algumas dicas, é possível curtir as festas ao mesmo tempo que se cuida da saúde.

➡Opte por alimentos mais saudáveis
➡Evite exageros
➡Limite a ingestão de açúcar, mas não se prive
➡Se for viajar, não deixe de dar continuidade ao tratamento. Programe-se com o seu médico!

Aproveite as férias com planejamento e cuidado!

2021 vem se aproximando do seu fim! Como foi esse ano para você? Se cuidou? Colocou a saúde como prioridade? É hora de refletir, agradecer e traçar as novas metas para o ano que se aproxima. Que o seu natal seja repleto de amor, paz e luz e que seu ano novo seja de prosperidade e sucesso. Boas festas! ✨🍾🎅

No último dia 23 de novembro, o INCA (Instituto Nacional do Câncer) divulgou a estimativa 2023 - Incidência do Câncer no Brasil. Os dados mostram que o país deve chegar a 704 mil casos novos de câncer entre 2023 e 2025. Em relação ao triênio anterior (2020-2022), observou-se um aumento de 13%.

O estilo de vida da população e o envelhecimento da mesma são fatores cruciais que podem interferir no resultado da pesquisa realizada. Com hábitos pouco saudáveis em relação à atividade física e alimentação, homens e mulheres ficam mais vulneráveis a desenvolver a doença.

Foram estimados 21 tipos de câncer que mais acometerão os brasileiros durante esse período. E entre os principais estão: câncer de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).

Esse cenário é, sem dúvida, preocupante. Por isso, a luta pela conscientização da doença e por mudanças de hábitos que podem prevenir o desenvolvimento da mesma deve continuar com toda a força. A prevenção ainda é o melhor caminho!

O câncer de pele pode ser consequência da exposição regular e prolongada ao sol sem o uso de proteção adequada. Por isso, é muito comum a pergunta: quem tem câncer de pele pode tomar sol?

Não. O indivíduo que tem ou teve um tumor de pele deve evitar o sol para o resto da vida. Assim como o paciente oncológico que esteja em tratamento com quimio ou radioterapia também deve evitar ao máximo exposição aos raios solares. Isso porque essas terapias costumam deixar a pele sensível e vulnerável a inflamações, que podem piorar com o sol.

Sempre que precisar sair de casa durante o dia, deve-se priorizar os horários antes das 10h e depois das 16h, quando os raios solares estão mais brandos e agridem menos a pele. O uso do filtro solar é indispensável, mesmo em casa ou em dias nublados!

O câncer de pele é o mais comum no Brasil e no mundo. O tipo mais grave de tumor cutâneo, chamado melanoma, tem características específicas, que podem ser identificadas através da regra do ABCDE, que deve ser usada observando-se as características de uma pinta ou sinal:

🔸 Assimetria: imagine a pinta dividida em duas partes. Para que seja saudável, essas duas metades precisam ser iguais.
🔸 Bordas: devem ser bem recortadas, lisas.
🔸 Cores: uma pinta ou sinal que tenha cores diferentes é considerada suspeita e deve passar pela avaliação médica.
🔸 Diâmetro: não deve ser maior que 0,6cm.
🔸 Evolução: observe se a pinta sofre alguma alteração de cor ou tamanho.

Qualquer uma das alterações descritas acima deve servir de alerta, e o paciente deve consultar um médico o mais rápido possível. O câncer, se detectado precocemente, tem maiores chances de cura!

Consideramos que um paciente tem um segundo câncer quando ele apresenta um tumor novo e distinto do primeiro. É diferente de uma recorrência, em que o primeiro câncer voltou na mesma área do corpo ou até mesmo em uma diferente.

A chance de desenvolver um segundo tumor é maior em quem tem histórico familiar, tenha feito algum tipo de radioterapia ou quimioterapia ou que tenha hábitos específicos, como tabagismo, sedentarismo e até mesmo excesso de peso.

Ao final do tratamento do primeiro tumor, é fundamental realizar o monitoramento do paciente por algum tempo, garantindo que não haja recorrência da doença. É nessa fase que o oncologista também irá avaliar a necessidade de rastrear outros tipos de câncer ou de realizar exames frequentemente para garantir que não haja um novo câncer.

O transplante de medula óssea tem um papel fundamental no combate aos tumores que atingem o sangue, como linfomas e a leucemia.

É na medula que são produzidos os componentes sanguíneos, como as hemácias, os leucócitos e as plaquetas. Portanto, o transplante consiste na substituição das células de uma medula doente pelas de uma medula saudável. Porém, para que isso ocorra, é preciso encontrar um doador compatível com o paciente oncológico.

Após realizado o transplante com o doador mais adequado, é preciso observar como o corpo do paciente irá reagir à nova medula.

Em alguns casos, as células de defesa do organismo podem não a reconhecer e atacá-la. Essa complicação é relativamente comum e pode ser controlada com alguns medicamentos.

O diagnóstico do câncer provoca mudanças na vida de qualquer pessoa, e uma dessas áreas impactadas é a possibilidade de formar uma família. Afinal, como o câncer interfere na fertilidade?

Isso depende de vários fatores, como o tipo e a localização do câncer, a idade e o estado de saúde do paciente e a resposta dele ao tratamento.

Quando o câncer ou o seu tratamento podem de alguma forma impactar na fertilidade do indivíduo, opções como congelamento de óvulos e até mesmo a fertilização in vitro podem ser cogitadas.

Por isso, o recomendável é que os casais estudem algumas formas de preservar a fertilidade antes do início do tratamento.

Converse com seu médico!

Quando o assunto é câncer o que não falta são informações pela internet. Mas é preciso estar muito atento quanto à veracidade daquilo que se lê por aí, ainda mais com um tópico tão sério como essa doença.

Existe muita notícia fake sobre as causas do câncer e, hoje, vamos desmistificar algumas delas. Vamos lá?

Implante de silicone pode causar câncer de mama: fake ❌
Esse é um mito que surgiu há alguns anos, mas após estudos realizados com mais de 11.000 mulheres nos Estados Unidos e Canadá, ficou comprovado que não existe uma relação entre prótese de silicone e câncer de mama. O importante é realizar os exames de rotina sempre.

Comer comida esquentada no micro-ondas causa câncer: fake ❌
Sua comida não se torna radioativa se esquentada no micro-ondas, afinal ele apenas aquece o seu alimento ao produzir uma radiação não ionizante.

Tabaco causa apenas câncer de pulmão: fake ❌
A maioria dos casos de câncer de pulmão, faringe, laringe, cavidade oral e esôfago têm relação com fumantes.

Esses são apenas alguns, dos muitos mitos que lemos e ouve por aí. Portanto, esteja atento às informações e não deixe de procurar um especialista para tirar todas as suas dúvidas!

No Brasil, um homem morre por câncer de próstata a cada 38 minutos, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

A chave para reverter essa estatística é a prevenção, que é feita através do exame de toque. O câncer de próstata não apresenta sintomas até que esteja em estágio avançado, o que diminui as chances de cura.

Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos devem visitar o urologista anualmente. Com a prevenção, poderemos reverter a estatística!

Receber o diagnóstico de câncer nunca é um momento fácil. Como em todos os períodos difíceis, ter uma rede de apoio e estar perto de pessoas queridas é fundamental e serve como um porto seguro e um apoio nessa jornada.

Ter uma rede de apoio significa ter pessoas com quem contar, seja nos aspectos emocionais – como acolhimento, momentos de lazer e alegria – ou nas tarefas simples do dia a dia, como na administração do lar.

Ao dividir seus medos e preocupações com as pessoas da sua rede de apoio, o paciente acaba encontrando mais motivação e força para enfrentar os dias mais difíceis, o que influencia positivamente na resposta do organismo ao tratamento da doença.

Você sabia que existem mais de 200 tipos de câncer? 🤔

Esta é uma doença que ainda traz desafios diários para a medicina e uma das que mais mata no mundo.

A seguir, listamos os cinco tipos de câncer mais letais:

1⃣ Câncer de pulmão: é o mais letal do mundo, sendo causado, principalmente, pelo tabagismo;
2⃣ Câncer de intestino (colorretal): quem tem histórico familiar tem o dobro de chances de desenvolvê-lo.
3⃣ Câncer de fígado: além da possibilidade do tumor se desenvolver no próprio fígado, este é o órgão com maior chance de metástase do câncer colorretal.
4⃣ Câncer de estômago: os principais fatores de risco são o tabagismo, infecção pela bactéria H. pylori e algumas doenças hereditárias.
5⃣ Câncer de mama: é o mais comum entre mulheres (após o câncer de pele não melanoma), sendo a principal causa de morte por câncer em mulheres.

Promover a saúde e bem-estar dos nossos pacientes é a força que move o nosso trabalho. Todos os dias, é muito gratificante saber que podemos fazer a diferença na vida das pessoas.

A todos os colegas de profissão, parabéns pelo dia de hoje!

Você sabia que o câncer de mama é o que mais mata mulheres no mundo?

O tumor mamário representa 15% dos diagnósticos de câncer nas mulheres, ou seja, é relativamente comum entre elas.

Se diagnosticada no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura. Por isso, saber reconhecer os sintomas e procurar ajuda médica no tempo certo é fundamental para podermos reverter a estatística.

O câncer de mama se manifesta das seguintes maneiras:

➡ Nódulos (caroços) em um ou nos dois seios, ou na axila;
➡ Inchaço nas mamas;
➡ Dor nas mamas ou no mamilo;
➡ Alterações na pele dos seios;
➡ Secreção ou sangue saindo dos mamilos.

É importante realizar o autoexame com regularidade. Se detectar qualquer alteração, procure um médico imediatamente. Não deixe de fazer os exames indicados por ele.

Dormir bem é fundamental para a manutenção da nossa saúde como um todo. Recentemente, a Medicina tem feito descobertas ainda mais importantes sobre o sono: estudos apontam que dormir em horários irregulares pode estar relacionado ao surgimento de tumores, como o de próstata e o de mama.

Um período prolongado de noites mal dormidas causa impactos negativos na pressão, aumento de peso, alterações no metabolismo e, inclusive, pode levar ao desenvolvimento de células cancerosas. Por isso, é necessário cuidar bem da qualidade do sono!

Por outro lado, o câncer também pode interferir negativamente até mesmo na rotina daqueles que dormem bem, resultando em muitas noites em claro.

Procure um médico e mantenha os seus exames em dia!

O câncer hematológico é um tumor que tem origem nas células sanguíneas, sendo capaz de circular por todo o organismo.

Os principais tumores hematológicos são a leucemia, o linfoma e o mieloma. Os linfomas podem causar aumento dos gânglios linfáticos (linfonodos), que podem se apresentar clinicamente como nódulos ou "caroços " em diferentes partes do corpo, mas são mais comum nas cadeias linfáticas.

Os sintomas do câncer hematológico são mais inespecíficos: febre, suor noturno, cansaço, entre outros.

Esses cânceres não podem ser tratados com cirurgia, sendo necessário recorrer a outros tratamentos, como a quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia. Em alguns casos, pode ser necessário um transplante de medula óssea.

O câncer de mama é amplamente conhecido por ser um dos mais comuns em mulheres. Mas você sabia que ele também pode surgir em homens?

Apesar da baixa incidência, esse câncer tem uma alta taxa de mortalidade no s**o masculino, principalmente pelo fato de que o diagnóstico é feito tardiamente.
Mesmo sendo diferentes das mulheres, os homens também possuem glândulas mamárias e produzem pequenas quantidades de estrogênio, o hormônio relacionado a este tipo de câncer.

Os principais sintomas do câncer de mama masculino são surgimento de caroço na região da mama, retração do mamilo, dor unilateral na mama e secreção pelo mamilo.

Ao suspeitar dos sinais, é indicado que o paciente procure um médico imediatamente para investigação. Quanto mais cedo for o diagnóstico, maiores serão as chances de cura!

Um novo estudo trouxe esperança sobre a prevenção de tipos de câncer que são hereditários. A pesquisa mostrou que o consumo de uma certa quantidade de amido resistente, presente em grande quantidade na banana, pode reduzir consideravelmente as chances de desenvolver algum tipo de câncer hereditário, principalmente no trato gastrointestinal superior.

Mas existe um ponto de atenção: para que a quantidade ideal seja ingerida, a banana não pode estar muito madura. Antes de atingir o estado de maturação, o amido presente na fruta resiste à quebra e chega ao intestino, onde pode mudar o tipo de bactéria que vive lá.

O amido resistente fermenta no intestino grosso e reduz os ácidos biliares que podem danificar o DNA das células, causando o câncer.

A quantidade de amido resistente utilizado no estudo equivale ao consumo de uma banana por dia, durante um certo período, para que haja algum efeito.

No entanto, é preciso ressaltar que nenhum alimento oferece a garantia de prevenção do câncer. Por isso, é fundamental manter o acompanhamento médico periódico para monitorar a sua saúde.

O tratamento do câncer vai muito além dos medicamentos ou terapias realizadas no hospital. Uma parte fundamental dessa luta é o acompanhamento nutricional, que garante que o paciente esteja recebendo todos os nutrientes necessários para fortalecer o corpo.

Além de fortalecer o sistema imunológico, ter uma alimentação adequada aumenta a resposta aos tratamentos oncológicos e melhora a qualidade de vida.

O ideal é que o acompanhamento nutricional comece desde o diagnóstico da doença, garantindo que o corpo sempre estará forte para combater o câncer. A dieta é feita de forma individualizada, sendo adaptada para cada momento do tratamento e respeitando as restrições e necessidades de cada paciente.

Você sabia que cerca de 80% dos casos de câncer estão relacionados aos hábitos de vida? É difícil pensar que uma doença tão perigosa como essa possa ser prevenida com pequenas mudanças na nossa rotina.

Mas isso é possível, e você deve se atentar aos seguintes fatores:

🔸 Manter uma alimentação equilibrada, evitando alimentos ultraprocessados e muito gordurosos. A alimentação saudável é a chave para prevenir inúmeras doenças, inclusive o câncer.

🔸 Usar filtro solar sempre que sair de casa para prevenir o câncer de pele, que hoje é o mais comum no mundo.

🔸 Não fumar. Só com isso é possível prevenir mais de 10 tipos de câncer!

🔸 Manter o corpo ativo. A atividade física equilibra os hormônios, auxilia no trânsito intestinal, fortalece o sistema imunológico e ajuda na manutenção do peso corporal.

Não há mistério: a chave para a prevenção do câncer está na adoção de hábitos saudáveis. Cuide da sua saúde!

O câncer é uma doença complexa e sua cura depende de diversos fatores, como tipo e estágio.

Segundo a Sociedade Americana de Câncer, dificilmente o médico pode ter certeza de que o câncer não voltará. Na maioria dos casos leva tempo para saber se a doença pode retornar e, por isso, diante do sucesso após um tratamento, os especialistas preferem afirmar que o câncer está em remissão.

A remissão é o período em que a doença está sob controle, com sintomas ausentes ou reduzidos – mas ainda não é a cura. Geralmente, os especialistas consideram um período de cinco anos para falar em cura. Quando a doença é indetectável por esse período, o risco de retorno (recidiva) se torna mais baixo. Ainda assim, alguns tipos de câncer podem retornar após esse tempo.

Por isso é tão importante realizar exames de check-up periódicos, mesmo após o final do tratamento.

No início do tratamento do câncer com a quimioterapia, tudo ainda é muito novo. É normal que o paciente fique nervoso por não saber como o corpo irá reagir, mas conhecer um pouco mais sobre o processo pode ajudar.

Faz parte do tratamento conhecer tudo sobre ele, como os exames que serão feitos e o local da infusão. É importante levar algo para se distrair, como um livro, e ter uma pessoa para acompanhar.

Depois da sessão, o paciente deve estar o mais confortável possível e ter à sua disposição tudo o que pode precisar: cobertores, água, remédios etc. Nem sempre os efeitos colaterais irão aparecer imediatamente, portanto, é preciso estar preparado para quando eles se manifestarem.

Todas essas mudanças irão ocorrendo aos poucos, e o indivíduo vai se adaptando a elas conforme aparecem. Não há motivo para se apressar, pois, no tratamento do câncer, tudo tem o seu tempo. O importante é continuar se cuidando!

Durante a luta contra o câncer, a dor é um dos efeitos colaterais mais frequentes.

A dor no paciente oncológico pode surgir em alguns casos: quando o tumor pressiona os ossos, nervos e órgãos do corpo; quando um tumor invade a coluna e pressiona a medula espinhal; quando a doença se espalha para os ossos; durante a quimio ou radioterapias, entre outros casos.

No tratamento, é importante avaliar a intensidade e natureza da dor e sua resposta aos tratamentos. Nos pacientes com dores crônicas, o apoio biológico, psicológico, espiritual e social é fundamental nessa jornada e podem ser recomendados pelo médico como complemento ao tratamento medicamentoso.

Relate sempre casos de dor ao seu médico.

O tratamento do câncer causa diversos efeitos colaterais no nosso corpo, inclusive na pele. A radioterapia e a quimioterapia são responsáveis por deixar a pele ressecada, sensível, descamando e coçando, muitas vezes prejudicando a qualidade de vida do paciente.

Por isso, nessa fase é fundamental redobrar os cuidados com a cútis. Veja algumas dicas:

🔸 Lavar a área irradiada com água e sabão, enxugando suavemente com uma toalha macia
🔸 Não usar tecidos sintéticos e priorizar roupas de algodão
🔸 Proteger a pele do sol usando filtro solar fator 30 (no mínimo), bonés, chapéus, blusas e barracas com proteção UV
🔸 Cuidado ao se depilar ou fazer a barba
🔸 Hidratar diariamente a pele conforme orientação do seu oncologista ou radioterapeuta

Se mesmo com os cuidados a sua pele apresentar muitas reações, converse com seu médico sobre o que pode ser feito a respeito.

Algumas medicações utilizadas no tratamento quimioterápico (e também no radioterápico) podem deixar a pele mais sensível aos raios solares, causando reações como infecções e manchas escuras – chamadas de hiperpigmentação pós inflamatória. Além disso, alguns medicamentos podem causar coceira e descamação.

Por isso, se você está passando por um tratamento quimioterápico, o ideal é não se expor ao sol sem proteção e evitar os horários de pico, entre 10h e 16h, quando a radiação é mais intensa. Além de barreiras físicas – como óculos escuros, chapéus, lenços e roupas com proteção UV – não saia de casa sem protetor solar, de preferência com FPS igual ou acima de 30.

Converse com seu oncologista sobre este assunto! 😉

Estar bem-informado é um passo muito importante do cuidado com a saúde. Isso evita que acreditemos em informações que não são verdadeiras e que podem levar à falta de cuidado com um problema de saúde que pode ser muito sério, como o câncer de cabeça e pescoço, que são aqueles que atingem a cavidade oral, seios da face, laringe, faringe e tireoide.

Os principais mitos que envolvem esses tumores incluem:

➡ Se uma ferida na boca não dói, ela não deve ser motivo de preocupação. Essa informação não procede pois o câncer de boca, na maioria das vezes, é assintomático e não apresenta dor. Se a ferida demora mais de três semanas para apresentar melhora, é preciso procurar um médico.

➡ Todo nódulo na tireoide é câncer. Na verdade, não é bem assim: cerca de 95% dos nódulos na tireoide são benignos, ou seja, não são um câncer. Mas ainda assim precisam de acompanhamento.

➡ Hipotireoidismo e hipertireoidismo podem evoluir para câncer. Essa crença é bem preocupante, pois as duas doenças são bem comuns, mas elas não têm relação com câncer. Elas estão ligadas à produção de hormônios da tireoide, e não estão associados com o câncer na tireoide.

Busque informações em fontes confiáveis, de preferência com um médico. Estar munido de informações corretas protege a sua saúde e evita complicações por doenças mais sérias.

Com o diagnóstico do câncer, o paciente vive uma mistura de emoções negativas: tristeza, angústia, ansiedade, estresse etc.

Não temos controle sobre os nossos sentimentos, por isso, a saúde mental pode ficar comprometida durante o tratamento da doença. Mas é possível identificar algumas ferramentas que ajudarão a enfrentar o cenário de uma forma mais serena.

🔸 Fazer acompanhamento psicológico é fundamental para aprender a entender e lidar com os seus sentimentos durante e depois do tratamento;
🔸 Exercitar-se regularmente também traz muitos benefícios para a saúde física e mental do paciente. Mas é preciso ter aval médico e respeitar os próprios limites;
🔸 Apostar em técnicas de relaxamento como respiração, mindfulness, meditação e yoga.

O cuidado com a saúde mental é uma parte muito importante do tratamento, pois influencia diretamente na saúde do nosso corpo. É fundamental que o paciente oncológico tenha essa consciência e que esteja aberto para novas formas de autocuidado.

Por muito tempo, acreditou-se que os pacientes oncológicos deveriam permanecer em repouso absoluto. Hoje, no entanto, esse pensamento mudou, e a prática de exercícios físicos é bastante recomendada.

Manter-se em atividade melhora o desempenho físico do paciente, diminui o risco de doenças cardíacas, faz bem para a saúde mental, melhora a autoestima, dá mais energia e melhora a qualidade de vida de uma maneira geral.

É fundamental, no entanto, respeitar os limites do paciente e somente se exercitar com aval médico e com acompanhamento de um profissional da área. Se realizados da maneira correta, os exercícios têm muito a agregar na saúde daqueles que batalham contra o câncer!

Com o fim do tratamento do câncer, os pacientes frequentemente se questionam se há a possibilidade de desenvolverem a doença novamente.

A resposta é: sim, embora não seja possível prever quem terá a doença ou não. Acontece que uma pessoa, mesmo tendo curado um câncer, pode ter outro, no mesmo lugar ou em outro órgão. Neste caso, podem ser dois cânceres diferentes ou pode ocorrer a recidiva do primeiro câncer (metástase).

Os fatores de risco para um segundo câncer são similares aos do primeiro, como estilo de vida, tabagismo, histórico familiar, excesso de peso, consumo excessivo de álcool, falta de acompanhamento ou reestadiamento da doença após o primeiro câncer.

Por isso, ainda que seu tratamento do câncer tenha terminado, não deixe de consultar o médico regularmente.

Os cânceres ginecológicos são responsáveis por 20% dos tumores diagnosticados anualmente em todo o mundo. Dentre eles, o câncer de colo do útero é o mais comum, seguido pelos tumores de endométrio, ovário, da v***a e da va**na.

Apesar de serem mais comuns em mulheres mais velhas, as jovens também estão suscetíveis a desenvolverem o câncer ginecológico, por isso, devem fazer seus exames anualmente ou na frequência estabelecida pelo médico.

Os tratamentos mais comuns para os cânceres ginecológicos são: cirurgia de retirada do tumor, quimioterapia, radioterapia e medicamentos inibidores de PARP. No entanto, é preciso enfatizar que a prevenção é o melhor caminho, e os tumores diagnosticados em estágios iniciais têm grandes chances de cura.