Dr.ª Cristina Machado - Psicóloga Clínica

Preocupante. Cada vez mais assistimos a pais a demitirem-se das suas funções.

Os ecrãs estão a substituir os pais Smartphone, tablet, TV. São ecrãs utilizados pelos pais para distrair os filhos. Mas esta atitude pode ser considerada negligência.

Aproxima-se a altura do ano em que muitos pais pensam sobre a transição dos seus filhos para o 1º ano. Uns a preparar da melhor forma a transição da pré-escola para a escola primária, outros, muitos, refletem sobre a possibilidade dos seus filhos entrarem para a escola aos 5 anos ou “perder” um ano e entrar “mais confortavelmente” aos 6 anos.

🗓️ Convém esclarecer que os alunos são considerados “condicionais” quando fazem 6 anos entre 16 de setembro e 31 de dezembro.

🛝 Torna-se cada vez mais evidente que não se trata de “perder um ano” quando se decide que a criança só entrará para a escola após fazer os 6 anos. Escolher f**ar mais um ano na pré-escola signif**a que esta terá mais experiências e oportunidades de desenvolver, a brincar, competências que se sabem ser preponderantes na entrada para a aprendizagem formal. E não estamos a falar de aprender letras e números.

🧠 As crianças deverão desenvolver as suas potencialidades, fortalecer a sua autoestima, autonomia, autoconfiança e as suas competências de cooperação e auto-regulação, criando condições favoráveis para o sucesso na etapa seguinte.

🧬A literatura refere a importância do sucesso escolar nos primeiros anos de escolaridade, sendo este decisivo para todo o processo de ensino-aprendizagem. Assim, parece evidente que esta vantagem desenvolvimental, por serem os mais velhos do grupo, possa ser determinante num percurso académico mais seguro e motivador.

Não há pressa em crescer!

Voltar para casa dos pais não signif**a que falhaste na vida A ideia de que o futuro das pessoas jovens f**ará melhor se estas fugirem das pequenas cidades e áreas rurais para cidades maiores está profundamente enraizada. Mas nem sempre é boa ideia.

Leitura recomendada.

"As crianças estão a viver como pequenos executivos stressados" Estímulos que destroem a curiosidade das crianças e ritmos infantis desrespeitados. Catherine L'Ecuyer, autora do livro "Educar na Curiosidade", explica porque é urgente simplif**ar a infância.

Entrar para a escola aos cinco ou seis anos? É um erro pensar que se perde um ano quando se f**a no pré-escolar até aos seis, porque é precisamente o contrário

Sente-se sozinho na Páscoa? Perceba o impacto na saúde mental e como ultrapassar a tristeza Os feriados e as épocas festivas, como é o caso da Páscoa, são momentos que intensif**am a solidão e tristeza de quem está isolado. Conversámos com duas psicólogas para compreender o fenómeno e combatê-lo.

José Luís Pio Abreu. "As pessoas estão todas a f**ar um bocado paranóides" Psiquiatra acaba de lançar uma ‘pequena história’ da Psiquiatria. Apesar de haver maior abertura para se falar de doenças mentais, ainda existe estigma, diz.

Ontem foi dia nacional do psicólogo. Recordamos a entrevista ao psiquiatra e professor Daniel Sampaio: “Faltam equipas multidisciplinares de saúde mental que atuem junto dos doentes e suas famílias”

• Lê aqui: https://comunidadeculturaearte.com/entrevista-daniel-sampaio-faltam-equipas-multidisciplinares-de-saude-mental-que-atuem-junto-dos-doentes-e-suas-familias/

Vamos falar sobre isto....

Em Portugal, suicidam-se três pessoas por dia. Vamos falar sobre isso? O problema é demasiado grave para continuar a ser vivido em silêncio. Ordem dos Psicólogos lança documento com orientações que vão da prevenção ao pós-suicídio

Crianças com ansiedade e depressão estão a chegar aos hospitais e falta capacidade de resposta No Centro Hospitalar Universitário do Porto, episódios de urgência de pedopsiquiatria aumentaram 95% entre Março e Maio deste ano, por comparação com mesmo período de 2019. No Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, lista de espera para uma consulta da

Vivemos cada vez mais sozinhos nas nossas rotinas, no nosso dia-a-dia, nos nossos desafios, nas nossas casas, nos nossos trabalhos e na vida em geral.

Vivemos a correr entre uma tarefa e outra, sempre de telemóvel na mão a tentar estar em todo lado mas às vezes em lado nenhum, entre um compromisso e outro, entre uma quantidade interminável de papéis.

Vivemos cada vez mais na nossa ilha a olhar para um ecrã do que para os rostos que se cruzam com o nosso. Muitas vezes sabemos mais do que aparentemente se vive dentro de um ecrã do que de quem partilha o sofá, a cama e a mesa connosco.

Somos seres de olhares, de abraços, de sorrisos, de partilhas e de ajuda, cara a cara, cheiro a cheiro, momento a momento.
Precisamos mais de estar com os nossos e de viver em comunidade uns com os outros.

Que as nossas mãos estejam livres para tocar, os nossos olhos disponíveis para olhar, os lábios quentes para beijar e que o som das palavras nos envolvam mais do que o toque de mensagem, sem vida e sem expressão, de um telemóvel.

Diana

Falemos sobre complexos físicos e autoestima. www.instagram.com/bumbanafofinha