Familia no divã

*** JURAMENTO***

Quem deu ouvido aos Juramentos?

Eu acreditei que te amaria até que a morte nos separasse. Estava enganada!
A sua morte chegou e continuei te amando loucamente.

Eu fiz um Juramento que não choraria por ninguém, mas todos os dias quando deito minha cabeça ao lado do seu travesseiro vazio e gelado, choro e me banho com as lágrimas que não sessam nem uma noite sequer.

Eu jurei te amar, e sim, te amo, mas te odeio por ter me deixado,

Enraivecida estou por viver o Juramento de amar nessa tristeza avassaladora.

Cumpro rastejando o Juramento de amar-te adoecida em minha alma.
E enquanto rastejo deixo meus pedaços ao chão.

E que outro Juramento me resta?
Empobrecida fiquei quando você, minha riqueza, meu tesouro mais precioso se foi.
Roubaram-te de mim.
Estou em falência pela escassez de tua presença.

Quem me fez repetir tal Juramento não conhece o amor, pois não sabe que a morte jamais me separará de ti!

Vandicelia,

Que susto!!!!
Pensei que você tinha ido embora,
Pensei que não fosse mais te ver,
Eu andava a te procurar,
Quando fechava os olhos eu sentia seu cheiro,
Ao respirar fundo sentia seu abraço,
Fui em todos os lugares que juntos descobrimos. Eu queria você!
Eu preferia lembrar da sua voz a ouvir som dos pássaros, ou do mar - que tanto amo.
O sol se tornou cinza sem o brilho da sua existência,
Eu corri, corri todos os dias,
Usando o folego que não existia em mim, então respirei você.
Fui ao mais longe que pude para te encontrar.
Subi num monte, me sentei na ponta...Não te achei!
Sentada sonhei,
Sentada chorei,
Sentada descobri que você estava aqui
Em mim,
E dentro de mim descobri o seu existir.
Que alívio ter você aqui, para sempre, para o meu sempre!

Vandicelia

Quando perdemos alguém que amamos, também nos perdemos na forma de amar.
Naturalmente demonstramos nosso amor através de coisas que fazemos para o outro.
No livro "as cinco linguagens do amor" é falado sobre cinco formas de manifestar e receber amor. São elas: Palavra de afirmação, toque físico, tempo de qualidade, presente e serviço. Mas, o que fazer quando a pessoa que amamos não mais manifestará tais formas e quando nós não conseguimos mais fazer o mesmo?
No processo do luto é importante trabalhar um novo modelo de relacionamentos com ente querido.
Continuar existir e realizar, é uma forma de manifestar esse amor.
Daí surgem as lembranças e homenagens do tipo: "Meu pai estaria orgulhoso de mim".
Viva para Si e entregue esse Amor silencioso que Vive em Ti.

Hoje foi dia de falar sobre saúde mental para a equipe da vivo.

A verdade – que o Amor é o objetivo final e mais elevado a que o homem pode aspirar. Viktor E.Frankl

Existe um momento na vida em que precisamos parar.

Parar para olhar para o alto e se situar na imensidão do universo.

Parar para perceber que se há alguém que pode fazer algo para mudar qualquer situação, esse alguém somos nós.

Parar de responsabilizar as perdas, as pessoas e o passado e chamar a responsabilidade para nós mesmos, afinal os culpados não mudarão nossas histórias, mas a responsabilidade de fazer algo com isso tudo é nossa e isso sim pode mudar o nosso hoje.

Parar e ser grato pelo dia de hoje, pelo presente que nos permite viver algo novo.

Parar e olhar para o novo e assim se despedir do passado com gratidão. Novos amigos, novos relacionamentos, novos conhecimentos, novos caminhos e experiências.

Parar para respirar e saber que se hoje estamos aqui é porque merecemos viver uma vida com sentido e propósito.

Pare, se abrace e siga!

Memento Mori é uma saudação latina que monges católicos usam no mosteiro que significa “se lembre que você também vai morrer” como exercício diário de aceitação da morte.

No livro "A Bailarina de Auschwitz" retrata um quadro de resistência e resiliencia frente as ameaças da morte. Uma das frases me me saltam aos olhos e agita minha alma é:

"O medo nunca desaparece. Não sei o que acontecerá a seguir. Mas, enquanto isso posso me manter viva inteiramente. Eu sobrevivi hoje, repito na minha cabeça. Eu sobrevivi hoje. Amanhã serei livre".

Ter a consciência clara de finitude (Memento Mori), nos arremessa a olhar para o aqui e agora, a viver inteiramente o dia de hoje com os valores que carregamos e com as pessoas que amamos.
Também nos coloca na condição de igual, nos tornando pessoas mais amáveis, empaticas e voluntárias a bondade humana.

Viktor E.Frankl traz uma reflexão sobre o assunto quando fala que constantemente nos perguntamos:
- "Porque esse mal está acontecendo comigo?". Quando na verdade a pergunta deveria ser: - " Porque não aconteceria comigo?". Esse pensamento nos leva a entender que na vida coisas boas e ruins acontecem com todos. Faz parte do existir.
Ele acrescenta dizendo que se a vida tem um sentido, o sofrimento também tem por fazer parte da vida.

A conscientização da finitude nos leva a desfrutar da vida integralmente. Não somente com aquilo que a vida tem para nós, mas principalmente com aquilo que podemos contribuir para vida dos demais.

Memento Mori.

Nossa maior dificuldade no processo do luto é reorganizar a vida sem o ente querido. Nesse período o enlutado vivencia a procura diária da atuação física. A busca em ver, falar, tocar, escutar a voz, enfim, interagir com amado.
Embora conscientemente saibamos que não encontraremos, o nosso movimento de vida inclina-se a esse tipo de procura.

É saudavel que encontremos um espaço para recordar, bem como é saudavel encontrar um novo modo de se relacionar com esse amor.

Revisitando o passado encontramos um espaço para se recordar da vida, e no encontro do " eu espiritual", podemos nos manter conectados a pessoa. Esse eu se chama amor, é aquilo que não morre quando o tempo acaba.
.."E, retornando a analogia da ampulheta, o que acontece quando toda a areia escorreu pela passagem e a parte superior está vaziam quando o tempo passou para nós, e nossa vida está completa e termina? Em uma palavra, o que acontece na morte?
Na morte tudo o que se passou congela-se no passado. Nada mais poderá ser modificado. A pessoa não tem mais nada à sua disposição: nem mente, nem corpo, ela perdeu seu ego psicológico. O que lhe resta é o self, e o "eu" espiritual. "

Um sentido para vida,

"Recuse-se a cair.

Se não puder se recusar a cair,
recuse-se a ficar no chão.

Se não puder se recusar a ficar no chão,
eleve o coração aos céus e,
como um mendigo faminto,
peça que o encham,
e ele será cheio.

Podem empurrá-lo para baixo.
Podem impedi-lo de se levantar.
Mas ninguém pode impedi-lo de elevar seu coração
aos céus — só você.

É no meio da aflição que tantas coisas ficam claras.
Quem diz que nada de bom resultou disso
ainda não está escutando.

- Clarissa Pinkola Estés em "O jardineiro que tinha fé" (p. 85).

“A generosidade é uma força de caráter, que faz parte do escopo das virtudes.”

Uma pessoa generosa atua com bondade, compreensão e empatia para com os demais.

As ações de generosidade elevam o nível de satisfação e realização.
Ao se encontrar num lugar de apoio e ajuda, nosso corpo responde numa sintonia entre o bem estar causando ao outro e o sentido da vida.

A generosidade é um ato de autotranscedência, portanto só podemos ser genuinamente generosos com o outro quando olhamos para nós mesmos e respeitamos nossos limites.

Ser gentil consigo consiste em se permitir ser cuidado, em se permitir descansar, se divertir, se perdoar, se amar, entre outros atos de bondade.

A referência maior é amar o próximo como a si mesmo.

Gentileza gera gentileza!

Carinhosamente,
Vandi

Você não é produto das circunstancias, você é produto das suas decisões.

Viktor Frankl

A vida moderna tem trazido inúmeras conquistas e benefícios, mas, ao mesmo tempo, tem cobrado um preço muito alto de cada ser humano!
Especialmente agora, depois de tantos desafios que todos nós enfrentamos nos últimos tempos, não poderíamos deixar de te convidar para, juntamente com o Instituto Janeiro Branco, divulgar a boa nova de que 2023 É O ANO DO EQUILÍBRIO!

Equilíbrio

Obrigações e alegrias, cansaço e motivação, desgaste e energia, individualidade e coletividade, trabalho e descanso, medos e coragem, confusão e paz!
É possível equilibrar essas coisas e pode ser bem mais fácil do que parece!
Porém, a gente precisa cuidar disso!
Esse equilíbrio não vem sozinho.
Sem EQUILÍBRIO, mais cedo ou mais tarde, nada para em pé, tudo desanda — e é sempre melhor prevenir do que remediar!

Equilíbrio é um negócio bom pra todo mundo!

Desequilíbrio na alimentação? A nossa saúde paga o preço.
Desequilíbrio no trabalho? Adoecemos no trabalho e é prejuízo atrás de prejuízo.
Desequilíbrio nas relações sociais? As consequências sempre chegam na forma de muitos sofrimentos, de injustiças e de vários adoecimentos.
Esse desequilíbrio rouba de TODOS nós, todos os dias, boas oportunidades pessoais, profissionais e sociais.
Precisamos de várias formas de EQUILÍBRIOS!
A boa notícia que o JANEIRO BRANCO quer sustentar durante todo o ano de 2023 é que EQUILÍBRIO TEM JEITO SIM E A GENTE PODE APRENDER A IMPLEMENTÁ-LO EM NOSSAS VIDAS E EM TODAS AS RELAÇÕES DAS QUAIS PARTICIPAMOS!
Você sabe o que fazer?
Permita-se pensar sobre isso: a partir de cada um de nós, podemos equilibrar o todo — e isso é bom pra todo mundo.
O escritor Guimarães Rosa certa vez disse que “o que a vida quer da gente é coragem” — em 2023, o Instituto Janeiro Branco pede licença a um dos maiores escritores da língua portuguesa para atualizar um dos seus pensamentos mais conhecidos: O QUE A VIDA QUER DA GENTE É CORAGEM — E EQUILÍBRIO!
Seja bem-vinda(o) a mais uma edição do MOVIMENTO JANEIRO BRANCO: presta atenção, dê a sua contribuição, faça parte da construção dessa proposta para a Saúde Mental de todo mundo!
Isso vai te ajudar o ano todo, isso vai nos ajudar a vida toda.

É preciso rever o que colocar na mala que você levará para o próximo ano.

“Não há dúvida de que o amor-próprio, quando ancorado em áreas mais profundas, espirituais, não pode ser abalado por uma situação de tremendo sofrimento”. Viktor Frankl

Cada vez mais, as pessoas têm os meios para viver, mas não tem uma razão pela qual viver.

Viktor Frankl

A busca constante por meios de sobreviver nos leva a um distanciamento do propósito por tirar do homem a consciência de escolha e por inserir a consciência da necessidade.

Acontece que a consciência do livre arbítrio gera responsabilidades e um movimento de perceber as emoções diante das situações, e assim escolher conscientemente ele responsavelmente às sugestões diárias.

A dor não é opcional, mas permanecer ou não nesse sofrimento deve ser um ato de escolha responsável.

Olhar para dentro é cuidar da própria horta, e só assim alimentar pessoas.

Quando não há o que se dizer,

Quando não há voz que represente a dor,

Quando não há razão que leve a compreensão do escuro sofrimento,

Só me resta chorar, pois as lágrimas são capazes de traduzir todo e qualquer sentimento, sem dizer uma só palavra.

Mas, e se não posso chorar?
Quem roubou minhas lágrimas?

Vandicelia,

S.A.U.D.A.D.E

Sinto que Amor é o elo entre o SentiDor e Viajante.

Eu Sinto-a-Dor de sua partida, mas
só é capaz de chorar de saudade quem é capaz de amar de verdade.

A saudade aperta o peito a procura de um pouquinho do amor que se foi, e encontra as memórias recheadas de sabores doces, alguns amargos e até salgados como as lágrimas que escorrem dos meus olhos enquanto lembro de você.

O Amor Vive Para Sempre!

Não há como escolher viver livre da dor, mas podemos escolher ser livres do passado e aceitar o possível.
Pequenas escolhas podem nos levar do trauma ao triunfo, da escuridão à luz, da prisão à liberdade.

Convido você a escolher ser livre.

O processo de enlutamento envolve muito amor e é exatamente por essa razão que gera tanta dor.

É um choque saber que perdemos aquilo ou aquele que se misturava conosco diariamente;
Gera raiva, revolta não compartilhar a nossa vida com o outro;
A negociação em orações constantes e ações de procura do ente querido chega a berar a loucura algumas vezes;
A depressão, o choro e melancolia passam a fazer parte de uma rotina diária.
Quanto ao físico? Não se dorme, não se alimenta, não tem energia se quer para trabalhar, o cognitivo é prejudicado, reações de ansiedade como falta de ar, arritmia cardíaca, dores no corpo, tonturas entre outros também fazem parte do enlutamento.

Se você não sente esses sintomas, tenho uma boa notícia:

- VOCÊ NÃO ESTÁ EM LUTO!

Mas, a sim, está decepcionado ou frustrado.

Falar sobre finitude aqui é relevante. Veja, vivemos em uma cultura que não se fala sobre finalização de ciclos, sobre términos e finitude e a consequência catastrófica dessa falta de informação na vivência nos leva a confundir a frustração de uma finalização de um ciclo em enlutamento.

Pense sobre isso!

Existem famílias de fato enlutadas. Lembre-se de que você em algum momento experiênciou a jornada dolorosa do luto.

Frustrado sim, prostrados não!

Respeitosamente e com amor escrevo esse pequeno texto.

Vandicelia,

E se pudéssemos ver além daquilo que nossos olhos mostram?
E se o espelho revelasse além de uma imagem invertida?
E se as roupas, o cabelo ou a tatuagem não pudessem representar um estilo?
E se o celular de última geração não nos entregasse mais respostas?

E se a resposta estiver em forma da pergunta: -"Quem sou além do que você vê?".

Ah! Certamente haveria mais interesse no Ser do que no Ter, no Existir do que no Fazer e no Viver além do Sobreviver.

Talvez assim, não precisaríamos mais de espelhos, uma vez que nos tornariamos mais transparente, não precisaria de roupas estilosas por nos vestir da pureza que a verdade carrega, nem mesmo de grandes pesquisas, visto que todas as respostas sempre estiveram dentro de Nós.

Vandicelia,

Cuidar de Si é cuidar de quem você mais ama!