Psicóloga Bianca Bobadilha

"O corpo é histórico, não natural", Judith Butler

As "regras sociais" de como ser e se comportar também aparecem no nosso corpo. Eu deveria ser mais x, ser menos y... Me comportar da maneira a, da maneira b... Me parecer com tal tipo de mulher, tal tipo de homem... Fazer este ou aquele procedimento...

Quando a gente desnaturaliza o corpo, ou seja, quando a gente para pra pensar o corpo como sendo uma construção social, cultural e histórica, nós percebemos que muitos dos nossos incômodos e desejos não são "só nossos", mas que eles são produzidos pela sociedade em que vivemos.

Isso pode dar um alívio enorme! Paramos de achar que o problema é só com a gente/nosso corpo e começamos a repensar esses padrões sociais. Então, é possível aparecer, de fato, como que a gente gostaria de ser - inclusive fazer parte da sociedade.

❗Créditos na imagem, sendo a 2a original e a 1a com tradução livre feita por mim.

Pessoal, meu site novo está no ar 🥰
Nele conto um pouco da minha formação e atuação como psicóloga clínica e psicanalista (online e presencial), além de ter os meios de contato.

www.biancabobadilha.com.br

Quem puder compartilhar, eu agradeço
Abraços!

Você já falou algo e a pessoa entendeu outra coisa, até o oposto do que você estava querendo dizer?

Pois é 😂😂 quando você fala, fala a partir do que (i) VOCÊ pensa e dá conta de dizer e a partir (ii) do que VOCÊ acha que a outra pessoa vai entender. Mas na hora de ouvir, a pessoa também vai ouvir a partir do que (iii) ELA pensa e (iv) imaginando o que você quis dizer. Olha só a confusão 😂😂

Olá, pessoal!
Estou com horários disponíveis para supervisão clínica (:

Segue o resumo do que proponho:
Como vocês sabem, sou psicóloga pela UNIFESP (CRP 06/142492) e psicanalista. Sou mestra em Saúde Pública pela USP, onde estudei temas como saúde do trabalhador, invisibilidade pública e metodologias participativas. Desde 2018 atuo na clínica, atendendo adolescentes, adultos e idosos, sob a perspectiva psicanalítica.
Dentro da psicanálise, alguns temas como transferência, estruturas clínicas e os aspectos da técnica psicanalítica (como a escuta flutuante) são bastante valiosos pra mim e busco aproximar a prática clínica das teorias de Freud e Lacan.
Sei que o início da clínica por vezes é desafiador, são várias questões, mas se forem compartilhadas f**am mais fáceis de elaborar e mais prazerosas. Desde modo, venho oferecer o serviço de supervisão online para psicólogas e psicanalistas iniciantes, tanto de forma individual quanto em grupo de no máximo 4 pessoas.
Então, fico a disposição caso queira saber mais informações ou marcar uma primeira conversa.

Bianca Bobadilha
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Psicóloga (CRP 06/142492) e psicanalista
+55 11 985274173biancabobadilha

🙃🙃

nos ensinam que a gente deve tapar todos os buracos, mas se fizermos isso, como é que vamos descobrir o oceano que existe?

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Bianca Bobadilha
Psicóloga (CRP 06/142492) e Psicanalista
Atendimento online e na Zona Sul SP

📷

Nesta semana, aconteceram 3 datas super importantes: segunda, dia 16 de maio, foi dia do gari, da trabalhadora e trabalhador de limpeza urbana, das varredeiras! Na terça, dia 17 de maio, dia internacional contra a LGBTfobia. E ontem, dia 18 de maio, dia da Luta Antimanicomial.

Difícil aglomerar todas estas lutas num único post, né? Nem caberia também! Mas entre elas há algo em comum: dar visibilidade às pautas e lutas que são silenciadas todos os dias.

No caso das varredeiras, trabalhadores de limpeza urbana, garis, todos os dias eles são “confundidos” como lixeiros, até como lixos (Corre lá, o lixo está passando). O lixo é o instrumento de trabalho deles, não são eles! Essa inversão discursiva diminui toda uma pessoa a um produto, que, convenhamos, é rejeitado pela sociedade.

Já a escolha do dia 17 de maio como o dia internacional contra a LGBTfobia foi baseada em outra “produção discursiva”: foi o dia em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homofobia da lista da Classif**ação Internacional das Doenças (1990). Pois é, instituições que supostamente promovem “saúde”, também reproduzem discursos que patologizam as formas de ser, desejar e amar.

E por fim, mas só aqui neste post, dia 18 de maio é o dia da Luta Antimanicomial que, pra mim, faz consonância com a despatologização das formas de ser, estar, desejar e amar no mundo. Dia em que trabalhadores da saúde mental em pleno processo de redemocratização do país pós ditadura militar (1987), fizeram o “Manifesto de Bauru”, que dentre os lemas estava: por uma sociedade sem manicômios. “O Movimento Antimanicomial faz lembrar que, como qualquer cidadão, pessoas com transtornos mentais, têm o direito fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direito a receber cuidado e tratamento, sem que para isto tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos.”

Bom, estamos vendo por aqui que são vários discursos sociais que existem e é importante reconhecer estes discursos de apagamento ou de anulação de quem se é e de quem se ama. Há uma tentativa grande de encaixar as pessoas em caixinhas, que geram exclusão social, exclusão afetiva, exclusão material e exclusão simbólica. Por isso, mais do que nunca a gente deve estar atendo ao que se diz e não diz por aí. Só uma sociedade com mais liberdade pra ser, estar, amar e sofrer como quiser e puder, será mais livre e democrática.

Se quiser saber e conversar mais:
https://bvsms.saude.gov.br/18-5-dia-nacional-da-luta-antimanicomial-3/
https://www.bn.gov.br/acontece/noticias/2020/05/18-maio-dia-luta-antimanicomialoficial
Vamos tomar um chá ou uma cerveja

Ah, o espaço de análise...
Pra alguns, espaço pra bravejar e não romper.
Pra outros, um espaço pra ter voz, ser voz de minorias (que nós sabemos muito bem que não são minorias).
Pra aqueles, espaço pra ser maternado e poder maternar.
Pra outros tantos, espaço pra lidar com o cotidiano, com o trabalho e seu avesso.
Pra todos, talvez, lidar com o que escapa, com o que não cabe nas histórias que contamos por aí. Espaço para se haver com o que contamos só em segredo, muitas vezes guardado só pra gente mesmo.

Cada um faz o espaço que lhe cabe em análise, cada um faz o espaço que precisa em análise, por isso, é impossível de dizer de antemão quanto tempo vai durar e aonde vai chegar.

E é justamente essa liberdade que faz com que se crie espaço, porque se não houver espaço-liberdade, nada se cria.

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Bianca Bobadilha
Psicóloga (CRP 06/142492) e psicanalista
Atendimento online e presencial Zona Sul de SP

"Amar profundamente mas testar volta e meia se ainda dá pé", o que essa frase faz você sentir e pensar? 🤔

Dá pra pensar algumas coisas... Dentre elas, podemos pensar em 2 movimentos: primeiro "amar profundamente", deixar-se amar, deixar sentir o amor, MAS para, inclusive poder senti-lo, "perceber se ainda dá pé" (e aqui não estamos falando de qualquer pé: é do seu pé); como é que você vai sentir algo se está inundado, não sabe o que é seu e o que é do outro?

Como se fossem duas forças agindo, uma de querer se fundir ao amado, mas ao mesmo tempo, se dois se tornam um só, alguém, no mínimo, já não existe mais, então como iria sentir esse amor?

Talvez o amor exista nesse "jogo de forças" entre amar profundamente e sentir-se.

Poesia de Ana Martins Marques, O livro das semelhanças (Ed. Companhia das letras); imagem de

27 de agosto
Dia da psicóloga - e meu aniversário 😄

É difícil falar sobre essas duas datas juntas porque as vezes se confundem. Quem me conhece do lado de lá da telinha logo sabe - eu contando ou não kk - que sou psicóloga. Acabei nascendo no dia em que se "comemora" a profissão que eu escolhi anos mais tarde.

Ao mesmo tempo, a escuta sempre esteve presente de alguma forma na minha vida. Mas obviamente não é qualquer escuta quando se trata de psicologia, né?

Então, foi na faculdade que comecei a dar sentido pra alguns questionamentos e fiz vários outros. Fui dando contorno para uma saúde pública, coletiva, política e singular. Fui desmistif**ando muita coisa por aqui e sei do tanto que tenho pra desmistif**ar.

Esse abraço tão gostoso da foto eu me lembro até hoje, foi na "colação de grau". Essa professora - mega querida - nos falou sobre o tempo. Não me recordo com que palavras exatamente, mas hoje, seja na clínica seja na vida, sei que é "necessário dar ao tempo": não é que seja esperar passivamente, é sobre dar tempo inclusive pra se movimentar, pra se acolher, pra se escutar.

E por aqui o que espero é que haja tempo! Hajam novos tempos!

Obrigada a cada um que compartilha os seus tempos comigo, tanto os tempos da análise quanto da vida ❤

VACINADAAA contra COVID PELO SUS!!

Você sabia que o SUS (Sistema Único de Saúde) é REFERÊNCIA MUNDIAL em vacinação? Várias doenças foram erradicadas no Brasil devido à forte vacinação da população.

Isso acontece porque quando a gente fala em defender o SUS, falamos em defender saúde para TODOS: saúde comprometida com as necessidades de cada bairro, cada cidade (sim, as necessidades são diferentes no país deste tamanho e destas desigualdades); saúde com acesso às informações verdadeiras e consistentes; vigilância sanitária; cuidado integral e singular.

São 3 diretrizes principais do SUS:
*UNIVERSALIDADE DE ACESSO (todos os cidadãos brasileiros têm acesso ao SUS, independentemente de qualquer condição social, racial, de gênero, de idade etc)
*INTEGRALIDADE (todos têm acesso integral aos serviços, ou seja, a pessoa é vista como um ser completo e, portanto, tem acesso a um conjunto de serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos)
*EQUIDADE (é sobre receber o cuidado e atendimentos de acordo com as necessidades, se uma população precisa de mais atendimento que outra, então devem ter mais ações de saúde para essa população)

🥰 A alegria é tamanha!!! Alegria de ter tido esse direito BÁSICO, direito à saúde, MAAS infelizmente a alegria não é completa, sinto muito pelas várias pessoas que não tiveram chance de tomar a vacina e se foram precocemente. Que os responsáveis por isso sejam devidamente punidos e que a gente faça da defesa do SUS a nossa luta diária. Podemos começar, por exemplo, compartilhando informações verdadeiras e desmistif**ando alguns assuntos 😉

❗

Tenho pensado um bom tanto sobre isso ultimamente:

Por aqui, nas redes sociais e principalmente no instagram, a gente organiza o "feed" como quer: coloca os momentos que quer postar, exclui aqueles que não fazem mais sentido, segue quem a gente quer e bloqueia quem não quer.

E que bom que há a possibilidade de fazer tudo isso! Mas o grande lance é achar que a vida corre assim também: que temos controle sobre tudo, que tudo está alinhadinho e sob controle.

Se fosse assim, aonde que estariam os entre as fotos? Onde estaria a vida propriamente dita? Uma vez um paciente disse mais ou menos assim: a vida se faz entre as fotos.

É sempre nos "entres": entre fotos e recortes; entre amigos, entre amores e desamores; entre um "resultado" e outro, a gente vai vivendo e tecendo algo nosso.
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Bianca Bobadilha
Psicóloga (CRP 06/142492) e psicanalista
Mestra em Saúde Pública (Saúde do trabalhador) pela USP
Atendimento online e presencial Zona Sul/SP
Contato/whatsapp: +55 11 985274173

A análise se faz de um outro modo, a partir de uma vivência e cada um faz ela do seu jeito próprio e único. É como se fosse um caminho que você vai trilhando, construindo e reconstruindo.

É um espaço de fala e cuidado, sem julgamento, repressão, controle. Histórias vem e vão e nesse ir e vir que elas vão ganhando novos sentidos ou não. Histórias que talvez não diríamos a outras pessoas ou até a nós mesmos, mas que vamos dizendo, no seu tempo.

É um espaço de aventurar-se em si.

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Bianca Bobadilha
Psicóloga (CRP 06/142492) e psicanalista
Mestra em Saúde Pública pela USP
Atendimento online e presencial na Zona Sul, SP
Contato: +55 11 985274173

E será que fingindo pra quem?

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Bianca Bobadilha
Psicóloga (CRP 06/142492) e psicanalista
Mestra em Saúde Pública pela USP
Contato/whatsapp: 011 985274173

🤔

a interpretação é livre...

foto tirada na primeira semana de 2021, no Beco da Mulher Maravilha - Maresias, SP.

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Bianca Bobadilha
Psicóloga (CRP 06/142492) e psicanalista
Mestra em Saúde Pública pela USP
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